37º Festival Internacional de Teatro com programação para todos os públicos

37º Festival Internacional de Teatro com programação para todos os públicos

A 37ª edição do Festival Internacional de Teatro, patente na Quinta da Caverneira, oferece, até ao dia 5 de junho, seis espetáculos diferentes, divididos em 9 sessões. A organização pretende transformar o Festival num fórum anual de criadores e companhias que trabalham específica ou regularmente para jovens, incentivando a discussão da atualidade do setor.

De 29 de maio a 5 de junho, o Festival Internacional de Teatro conta com uma programação recheada de espetáculos para todos os gostos e dirigida a todos os públicos. A maioria dos espetáculos irá decorrer no Auditório da Quinta da Caverneira.
A organização optou por alargar o horário de forma a que os pais consigam levar os filhos aos diversos espetáculos. Assim, estão programadas duas sessões direcionadas ao público escolar e, durante as tardes de fins-de-semana, para o público familiar. Também vão estar disponíveis sessões à noite, a partir das 21h30.
A programação engloba, ainda, uma exposição e três debates: exposição “Aprender Fazendo”- O Teatro para a Infância e Juventude do Art’Imagem, responsáveis pela abertura do Festival; o encontro “Roberto Merino – Um Homem do Teatro para Todos”, encenador responsável pela maioria dos espetáculos apresentados na década de 80; o encontro ”À procura do Teatro para a Infância” e, a encerrar o Festival, o encontro/debate de reflexão crítica denominado “Último Acto”.
No evento vão estar presentes seis companhias: três nacionais (Teatro Art’Imagem, Ana Madureira/Porto, Catarina Requeijo/Lisboa) e três estrangeiras, vindas da Galiza/Espanha, (Sarabela Teatro, Baobob Teatro e Elefante Elegante).
Todas as peças serão visionadas criticamente por um ou mais profissionais, portugueses e estrangeiros, de reconhecido mérito no meio e na área teatral, que no final do Festival irão integrar um espaço público de reflexão, com a presença dos vários criadores dos espetáculos apresentados e sobre as peças programadas.
O Festival Internacional de Teatro, considerado o terceiro mais antigo de Portugal, já usufruiu de vários espaços da cidade do Porto, como salas de teatro, salas de juntas de freguesia, de associações culturais e recreativas, escolas, bares, largos, jardins e ruas, na Maia, Matosinhos e Gaia, no Auditório, e jardins da Quinta da Caverneira, em Águas Santas. Durante muitos anos, foi considerado o único festival português com programação direcionada ao público juvenil e infantil.
Nos últimos sete anos, o Festival reduziu a sua programação devido à falta de financiamento dos executivos da C. M. do Porto, que retiraram o apoio financeiro.

Conheça aqui a programação do Festival: 

TERÇA-FEIRA, 29 MAIO
16h00 Abertura Exposição
Aprender, Fazendo
“O Teatro para a infância e Juventude do Teatro Art’Imagem na década de 80”
Quinta da Caverneira
Para todos os públicos
60M

16h30 “Roberto Merino – Um Homem do Teatro para Todos”
Encontro/Homenagem
Fundo Teatral Art´Imagem/C.M.Maia
Biblioteca Quinta da Caverneira
Para todos os públicos
60M

17h30 “À procura do Teatro para a Infância e Juventude”
Encontro/Debate
Auditório Quinta da Caveneira
Para todos os públicos
120M (aproximadamente)

Onde está? Quem o vê e como o vê? Como e quem o faz? Que teatro para a infância e juventude se faz hoje em Portugal? Que característica tem, que “géneros” de teatro são cultivados? De que temas fala? Que abordagem artística utiliza? De que autores e criadores se serve? Como se deve chamar este teatro para os mais novos? Para a infância e Juventude, crianças e jovens, para pequenos públicos, público familiar, primeiros públicos, teatro para todos? É importante a sua denominação? Deve este teatro ser didático, pedagógico, artístico? Os espetáculos das companhias e criadores que se dedicam exclusivamente às obras dos programas escolares estão englobados no conceito de Teatro para a Infância e Juventude? Qual a importância do Teatro para a Infância e Juventude no Teatro em geral e nos criadores e profissionais? Como fala dele a imprensa, a rádio, a internet, a televisão?
Há críticos deste teatro, plataformas de discussão, blogs, etc…?? Que companhias, grupos e criadores? Em que regiões, cidades, lugares, salas, teatros ou na rua se faz? Quem se dedica exclusivamente a este teatro? Como está e é este teatro nas companhias, grupos e criadores apoiados. Que diferenças e semelhanças nas regiões do Grande Porto e Lisboa, grandes cidades e o todo nacional? Como se vê, quem é o seu público? Escolar, familiar, todos os públicos? Deve ser visto só por crianças e professores? Nas escolas ou em salas de teatro? Ao ar livre, na rua, em festas e romarias? Em horário escolar? Ao fim de semana? Também à noite? Qual a sua relação com o público em geral e a sua divulgação? Existe e é necessária uma relação com Escolas e professores, o Ministério da Educação, a DGArtes e os Serviços Educativos das várias instituições culturais? Como se faz a circulação pelo País destes espectáculos? Onde está a programação regular deste teatro? Em que tipo de programações se inserem. Que festivais, encontros e mostras deste teatro há em Portugal? Quem os organiza? As suas programações? A sua importância? Que relações internacionais temos? Que Festivais? Que países? Que teatro estrangeiro se vê e se tem visto em Portugal?
José Leitão, Diretor Artístico Teatro Art’Imagem

QUARTA-FEIRA, 30 MAIO
14h30 e 21h30 “A Maior Flor e Outras Histórias Segundo José” -Teatro Art’Imagem – Porto/Maia
Auditório Quinta da Caverneira
M/6
60M

15h30 e 22h30 Conversa com o público no fim do espetáculo
Inspirado na obra de José Saramago e tendo como base de trabalho dramatúrgico o seu livro para crianças “A Maior Flor do Mundo”. Uma boa oportunidade para homenagear e divulgar o autor e a sua obra, na esteira do Teatro Art´Imagem cujo lema tem sido apresentar os grandes autores e textos da literatura universal, transformando-os em teatro. “Havia uma aldeia e um menino (ou uma menina?). Havia também os avós com quem a menina (menino?) vivia, mais os vizinhos. Um dia sai o menino (menina?) pelos fundos do quintal e toca a andar, toca a andar. Caminhou, caminhou, correu, correu, parou, parou… Até que chegou ao limite das terras até onde se aventurara sozinha (sozinho?). – Vou ou não vou? Foi! À descoberta de si, à descoberta do mundo.”
Dramaturgia e encenação: José Leitão; Interpretação: Daniela Pêgo e Flávio Hamilton; Música: Alfredo Teixeira; Espaço Cénico: Fátima Maio, José Leitão e José Lopes; Pinturas: Agostinho Santos; Figurinos e adereços: Fátima Maio; Apoio ao movimento: Renato Vieira e Ana Lígia; fotografia: Leonel Ranção; Produção: Sofia Leal; Direção técnica: Pedro Carvalho
Vídeo: https://www.youtube.com/watch?v=EGc-1SFCUbo&t=2s

QUINTA-FEIRA, 31 MAIO (feriado)
18h00 “El último Dragón” – Sarabela Teatro – Galiza
Auditório Quinta da Caverneira
M/3
50M

19h00 Conversa com o público no fim do espetáculo
O dragão do nosso espetáculo não é um dragão comum. Sob uma estrutura clássica, releitura e inspiração de autores como Y. Nesbit ou Kenneth Grahame, constrói-se uma piada em que nada é o que parece. Em tempos de cavaleiros, a Princesa Célia, Telmo, o príncipe interino e o dragão protagonizam uma história de amizade, reivindicando pacifismo e ternura como fórmula ideal para se relacionar. Direção e Dramaturgia: Fina Calleja; Interpretação: Sabela Gago, Elena Seijo, Nate Borrajo, Fernando Dacosta; Cenografia: A menos de 7 metros; Iluminação: José Bayon; Desenho de Som: Renatta Codda Fons; Figurinos: Ruth D. Pereira
Vídeo: https://vimeo.com/144785536

 

Sarabela Teatro
É uma companhia de teatro fundada em 1980 por Ánxeles Cuña. É a companhia independente que arrecadou mais prémios María Casares da história. Os seus espetáculos são apresentados em toda a Espanha e fora dela. Como grupo de criação coletiva, tem também publicados os textos: Os soños de Caín, a adaptação do Romance de Micomicón e Adhelala e A gata con botas, e o livro Sarabela Teatro 25 anos. A companhia realiza ainda o MITEU (Mostra Internacional de Teatro Universitário de Ourense), a MOTI (Mostra de Teatro Infantil) e o FITO (Festival Internacional de Teatro de Ourense)

SEXTA-FEIRA, 1 DE JUNHO
10h30 e 14h30 “Muita Tralha Pouca Tralha” – Catarina Requeijo – Lisboa
Exterior Quinta da Caverneira
M/3
30M
GRATUITO

11h00 e 15h00 Conversa com o público no fim do espetáculo
Escolher não é tarefa fácil. Escolher o que se leva em viagem também não. Há sempre alguma coisa que nos pode fazer falta… Quem nunca teve vontade de levar a casa toda? Pouco habituado a viajar, o casal Odete e Alfredo decide ir ver a sua sobrinha Manela participar numa corrida de automóveis. Mas antes da viagem é preciso preparar a bagagem. É aqui que os problemas começam. Levam o quê? Pouca tralha? Muita tralha? Apenas o essencial? Estas decisões difíceis podem complicar o início da viagem. Só o início?.. É o que vamos ver.
Direcção artística: Catarina Requeijo; Texto original: Catarina Requeijo e Inês Barahona; Conceção plástica: Maria João Castelo; Interpretação: Catarina Requeijo e Luís Godinho: Co-produção: Formiga Atómica Associação Cultural, Teatro Maria Matos.
Vídeo: https://vimeo.com/223697032 password: tralha

Catarina Requeijo
Nasceu em 1973, em Angola. Desde 1999, colabora regularmente em projetos dirigidos a um público infantil. Encenou já vários espetáculos nomeadamente para publico infantil. Tem experiência como contadora de histórias. e lecciona Expressão Dramática desde 2008. Desde 1999, colabora regularmente em projetos dirigidos a um público infantil, em entidades como o Centro de Pedagogia e Animação do Centro Cultural de Belém, o Centro Cultural Vila Flor, a Culturgest (Festival Panos), Festival Motel X, Teatro Maria Matos, Teatro da Trindade, Casa das Histórias-Museu Paula Rego, Artemrede, Fundação Calouste Gulbenkian e TNDMII.

SÁBADO, 2 JUNHO
18h00 “Luppo” – Baobab Teatro – Galiza
Auditório Quinta da Caverneira
M/3
55M

19h00 – Conversa com o público no fim do espetáculo
“LUPPO” de Baobab teatro, um conto maravilhoso sobre sentimentos e emoções “LUPPO” fala do ciclo da vida, do apego às pessoas ao nosso redor, particularmente aos mais velhos e à importância das histórias que construímos ao longo de nossas vidas. Com este espetáculo pretendemos enfatizar a importância das relações humanas independentemente da idade. A magia que é para as crianças é a influência de avós e avós, vizinhos, tios, tias…que nos dão muita experiência, tanto conhecimento e paciência.
Direção: Óscar Ferreira; Guião: Andrea Bayer; Direção de Manipulação: Óscar Ferreira; Interpretação: Andre Bayer e Xosé Manuel Esperante; Desenho Cenográfico: Óscar Ferreira; Cenografia: Óscar Ferreira e Juan Silva; Figurino: Baobab Teatro; Desenho de Luz: Daniel Abalo; Desenho Sonoro: Manuel Abalo; Marionetas e Adereços: Óscar Ferreira e Juan Silva.
Vídeo: https://vimeo.com/138062388

Baobab Teatro
Uma Companhia de Teatro que se concentra no teatro para a infância com um claro compromisso com a infância, e é por isso que cada projeto é um novo desafio que enfrentam com entusiasmo e cuidado, desde o início até o mais ínfimo detalhe. Apostam em espetáculos emocionantes com uma poética forte.

DOMINGO, 3 JUNHO
18h00 “Dança da Chuva” – Elefante Elegante – Galiza
Auditório Quinta da Caverneira
M/3
55M

19h00 – Conversa com o público no fim do espetáculo
Que aconteceria se de repente deixasse de chover? Não durante um mês, um verão ou um ano, mas para SEMPRE?
Esta é a pergunta que coloca a DANÇA DA CHUVA, um espetáculo sem palavras onde convivem o teatro gestual, a dança, a manipulação de objetos e as marionetas. A DANÇA DA CHUVA trata de um tema sério através de uma encenação poética e visual. Os seus efeitos cómicos, plásticos e oníricos advertem e divertem o público familiar e infantil
Autoria, Cenografia e Encenação: María Torres e Gonçalo Guerreiro; Interpretação: María Torres e Gonçalo Guerreiro; Iluminação: Dani Pais; Coreografia: Ánxela Blanco; Música: Mano Panforreteiro; Figurinos: Marcia Edleditsch; Produção e distribuição: Agustín Bolaños.
Vídeo: https://www.youtube.com/watch?v=BzRzuLHPgWA

Elefante Elegante
Cria espetáculos teatrais visuais baseados em gestos e movimentos. As suas criações buscam a universalidade, decorrem da fusão de diferentes linguagens: teatro físico, dança, artes plásticas e artes visuais. De origem galego-portuguesa, foi criada em 2007 por María Torres e Gonçalo Guerreiro e tem sede em na Coruña. Nasce para dar forma artística às suas preocupações sociais e existenciais. O Elefante Elegante começou como um projeto experimental no ano 2000 sob o nome de Teatro Escondido. Este projeto viajou durante sete anos entre a Galiza, a Bélgica e Portugal. A sua interpretação baseou-se no jogo corporal com o objetivo de desenvolver uma linguagem teatral universal. Esses anos de experimentação foram fundamentais para que o Elefante Elegante pudesse nascer.

SEGUNDA-FEIRA, 4 JUNHO
14h30 e 21h30 “Dama Pé de Mim” – Ana Madureira –Porto
Auditório Quinta da Caverneira
M/3
40M 

15h00 e 22h30 Conversa com o público no fim do espetáculo
Espera aí!
Se eu tenho uma coroa, sou a princesa
Se sou a princesa, tenho um cavalo
Se tenho um cavalo, saio do castelo
Se saio do castelo…

Farta de olhar para o umbigo, Dama Pé de Mim monta o seu Cavalo e parte à procura de um amigo. Pelo caminho encontra a Amália, a mala que já foi crocodilo, conhece o Nuno, a nuvem caída do céu e mergulha no Rio profundo. Mas só quando chega ao supermercado, descobre o que é um amigo. Com a ajuda do Sr. Rodrigo. Uma história luminosa, terna e divertida, com música, texto que rima, e a participação do público…mãe, filho e prima.
Criação e interpretação: Ana Madureira; Cocriação musical: Vahan Kerovpyan; Apoio à criação: Vahan Kerovpyan e Blaise Powell; Conceção do objeto musical: Nuno Guedes; Desenho de luz: Vasco Ferreira.
Vídeo: https://www.youtube.com/watch?v=l7M9–Xm6Rs

Ana Madureira
Nasceu em 1980. Depois de terminar a licenciatura em Direito, mergulhou definitivamente na formação em teatro, dança e clown. Primeiro no CITAC, em Coimbra, depois na companhia Circolando. A música, a ilustração e a escrita foram desenvolvidas em contextos de experimentação autodidata, a solo ou em interação com outros artistas. Na Holanda integrou o coletivo musical Gudubik. Em residências artísticas no Instituto Grotowski, alargou a sua ideia e experiência de canto, voz e presença teatral. Durante dois anos esteve no c.e.m- Centro em Movimento, em Lisboa, onde trabalhou com Sofia Neuparth e Ana Rita Teodoro. Depois disso, começou a criar com a comunidade: Noveloteca, convite de Madalena Victorino; Guia-me, convite da Casa das Brincadeiras; teus imaginarius meus, convite do Imaginarius 2012; Pé no mar, cabeça na terra, convite do Festival Rádio Faneca 2014, Ílhavo- são projetos que reúnem em livros de autor, instalações, visitas guiadas e ateliers de formação, o seu olhar de ilustradora e atriz sobre as histórias das pessoas. Das suas criações de teatro, destaca os solos CabraCega (2012) e Dama Pé de Mim (2016). Com Vahan Kerovpyan, músico, ator, ilustrador parisiense, criou Lav Lur, um dueto musical-teatral. É membro do Clown Laboratori Porto, plataforma de formação e experimentação na arte do palhaço. Na sua prática artística e pedagógica procura trabalhar o corpo aberto, capaz de escutar e agir a partir do instinto e do momento presente.

TERÇA-FEIRA, 5 JUNHO
15h00 Último Acto Reflexão crítica sobre a programação e os espetáculos apresentados.

FICHA ARTÍSTICA E TÉCNICA
Produção e Organização: Teatro Art´Imagem
Direção Artística: José Leitão
Direção de Montagem: Pedro Carvalho
Produção: Sofia Leal e Daniela Pêgo
Apoio à Produção: Flávio Hamilton e Micaela Barbosa
Conceção e Montagem Exposição: José Caldas e Artur Rangel – Quinta Parede
Apoio à Exposição: José Pedro Pereira
Vídeo: Hugo Moutinho
Fotografia: Nuno Ribeiro
Web Design: Inácio Barroso
Design: Sofia Carvalho
Técnico de Som e Luz: André Rabaça
Técnico Maquinista: José Lopes
Imagem Gráfica inspirada em Arlequin et Columbine de Giovanni Domenico Ferretti (1692 – 1768)

BILHETEIRA
Quinta da Caverneira
5,00€ Normal
3,00€ Desconto para estudantes, M/65, Profissionais das Artes Cénicas e Desempregados

Horário Uma hora antes do início de cada espetáculo.
LOCAL Auditório da Quinta da Caverneira Avenida Pastor Joaquim Eduardo Machado 4425-253 Águas Santas – Maia
+ INFO e Reservas
TEATRO ART’IMAGEM 22 208 40 14 | 91 76 91 753 | 91 08 18 719
teatroartimagem@hotmail.com | www.teatroartimagem.org
https://www.cm-maia.pt/frontoffice/pages/592?event_id=1335

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