Trabalhadores da Ação Educativa em protesto junto à Santa Casa da Maia

Trabalhadores da Ação Educativa em protesto junto à Santa Casa da Maia

Na manhã da passada quinta-feira, 9 de fevereiro, em frente à Santa Casa da Misericórdia da Maia manifestaram-se as Educadoras de Infância e Auxiliares da Ação Educativa desta instituição, que segundo nos transmitiram estarão em greve, reclamando aumento salarial e valorização das suas carreiras.

Regina Pacheco, educadora de infância no Infantário de Catassol, disse que «a situação não se encontra mal apenas no setor público, mas também no setor solidário», acrescentando que «há mais de 15 anos que não temos um aumento de salário» e que «há funcionárias que não têm distinção de funções nem de salários», disse.

A auxiliar de educação do Infantário de Milheirós, Sandra Tavares, disse «tenho 33 anos de carreira e recebo o salário mínimo». Outra educadora de infância do Infantário de Santa Maria de Avioso, Lurdes Araújo, referiu que as educadoras são «polivalentes, fazemos um pouco de tudo» e quer que «valorizem mais o trabalho das educadoras». A educadora acrescentou ainda que pretende com este protesto que «se façam os escalões para as auxiliares que também o merecem».

Por outro lado, Doroteia Pereira, auxiliar da Ação Educativa do Centro de Animação de Infância de Vermoim, disse que o seu objetivo com esta manifestação é que sejam retomadas «as diuturnidades que nos tiraram». Assim como Maria Soares, que trabalha no Infantário de Catassol, que nos transmitiu que «há 25 anos que não tenho uma diuturnidade». Acrescentou ainda que espera que com este protesto seja marcada uma reunião com os trabalhadores para poderem ser ouvidos.

Os manifestantes queixam-se também da falta de comunicação por parte da instituição e que quando tentam entrar em contacto através de e-mails, cartas ou coordenadores, «não há quem nos responda» disse Regina Pacheco.

Joana Sousa e Silva (trainee)
Bruna Pinto Lopes (jornalista)

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