Porque sou candidata à Assembleia Municipal pelo Chega
Opinião de Mariana Nina
Cabeça de lista à Assembleia Municipal pelo Partido Chega
Por uma Maia mais livre, justa e centrada nas famílias.
A política local é o espaço onde a realidade toca o chão. Não há abstrações nem slogans quando se fala dos buracos nas ruas onde as crianças tropeçam, da lista de espera para a creche que não existe, ou da insegurança sentida ao regressar a casa ao final do dia. A gestão municipal, para ser justa, tem de ser próxima — mas também contida nos seus limites, capaz de ceder espaço à sociedade civil, às famílias, aos vizinhos. E é essa a razão por que me apresento hoje à Assembleia Municipal da Maia pelo CHEGA, depois de há quatro anos ter integrado as listas à Câmara Municipal pela Iniciativa Liberal.
Assumo esta candidatura com total coerência: continuo a acreditar na liberdade individual, na primazia da família, na urgência de limitar o Estado onde ele se tornou intrusivo. Mas hoje, mais madura politicamente, compreendo que o combate ao excesso e ao desvio de prioridades nas autarquias exige não só liberdade, mas também coragem. O CHEGA representa essa coragem. A coragem de dizer que as prioridades da Maia devem ser as famílias, o trabalho digno, a autoridade no espaço público, a educação que serve — e não o compadrio político, nem as vaidades culturais subsidiadas à custa de quem trabalha.
A Assembleia Municipal é, por definição, o órgão fiscalizador da Câmara. Mas na prática, tornou-se muitas vezes palco de consensos adormecidos, onde a maioria que sustenta o executivo aprova tudo sem contraditório, e a oposição “convencional” finge fiscalizar, mas não quer verdadeiramente escrutinar. Ora, a Maia precisa de uma voz firme, honesta e insuspeita de conivência, que diga: “Não!” quando os investimentos são supérfluos, quando os regulamentos atropelam a iniciativa privada, ou quando a autarquia se mete onde não deve.
É na Assembleia Municipal que se aprova o orçamento, o plano de actividades, os contratos interadministrativos. É ali que se define o rumo, ainda que indirectamente. Não é um parlamento decorativo. É o lugar onde a Maia pode reencontrar o essencial, se quem lá estiver souber o que está em causa.
A Maia não é uma abstração urbana. É uma constelação de freguesias, de bairros, de vilas residenciais que cresceram entre campos, fábricas, oficinas, serviços e escolas. É um território onde a vida quotidiana acontece com dignidade, mas também com dificuldades crescentes. Faltam respostas na infância e na velhice. Sobra centralismo. Falta critério na afectação dos recursos. Sobra zelo regulador e festivismo institucional.
A missão de uma autarquia não é a de educar a sociedade nem de liderar causas ideológicas. É a de servir — com serviços básicos eficazes, com políticas de apoio à natalidade, com segurança nas ruas e com respeito pela propriedade, pela iniciativa e pela família.
O município deve ser libertado da tentação de ser tudo para todos. A Câmara deve deixar de ser o mecenas cultural, o orientador pedagógico, o programador de estilos de vida. Não compete ao executivo autárquico impor valores — mas sim garantir condições materiais para que cada família possa viver de acordo com os seus valores. Menos folclore político e mais e melhores condições escolares. Menos eventos vazios e mais creches com horários compatíveis com quem trabalha. Menos propaganda e mais policiamento de proximidade.
É por isso que apresento a minha candidatura à Assembleia Municipal pelo CHEGA: para devolver à Maia um projecto político onde o poder local se reencontra com o seu dever original — servir com sobriedade, gerir com critério, ouvir com respeito. A Maia precisa de representantes livres, que não dependam de cargos ou interesses instalados, e que possam dizer o que os outros apenas pensam.
O tempo das concessões acabou. Já chega! É tempo de escolher o essencial.