Paulo Sande diz-se um «europeísta convicto, patriota e liberal»

Paulo Sande diz-se um «europeísta convicto, patriota e liberal»

Decorreu ao início da noite de ontem, dia 23 de abril, mais um debate sob a tutela do Clube dos Pensadores, no Hotel Holiday Inn. O convidado foi Paulo Sande, cabeça de lista do Partido Aliança às eleições europeias.

O debate começou com a apresentação de Paulo Sande por Joaquim Jorge, seguindo-se a sua intervenção inicial.

Paulo Sande sente-se «um filho do Império», não gosta de «condenar esse passado», pois «faz parte da nossa história».

O Aliança nasceu para «fazer algo de muito diferente, é muito difícil pois os partidos novos que fogem do sistema não singram em Portugal conforme vários exemplos desde o 25 de Abril.

É preciso ter a capacidade de mudar, há o risco de um partido novo ser radical, pois há medo e expectativas goradas, um medo ancestral, visto a natureza humana ser habitualmente fechada».

Tem orgulho na nossa civilização e em ser português, com 27 anos de trabalho na União Europeia, define-se como «europeísta patriota e liberal», pois considera que «participou no maior e mais aliciante projecto político, pois vínhamos do projecto das colónias». Considera que «hoje vivemos muito melhor».

No momento em que abraçou o projecto na Europa, apercebia-se do olhar dos outros sobre nós, muitas vezes perguntavam como um país tão pobre e pequeno, conseguiu fazer tanto com o Ultramar.

«Um projecto inteligente com força, pois todos inteligentemente abdicaram da política por um bem maior das suas populações», referiu.

Considera que «todos somos políticos, pois é nosso dever cuidar da polis da nossa cidade. Há muitas ameaças para superar as ideologias de extrema-esquerda e de extrema-direita, pois sente que a descoberta do equilíbrio está ameaçada com este radicalismo. Até o bom senso moderado se torna difícil porque é considerado radicalismo».

De seguida, Joaquim Jorge fez as suas habituais perguntas e começou por questionar Paulo Sande «se é a favor de um exército europeu de forma a não estarmos tão dependentes dos EUA?»

A resposta foi pronta: «não sou favor de um exército Europeu, pois não há dinheiro para tal, é algo irrealista».

Joaquim Jorge continuou com o rol de perguntas: «Um novo controlo das fronteiras dos países europeus ajudará a evitar refugiados e controlo do terrorismo?»

Paulo Sande foi claro, «não se pode fechar fronteiras, pois estamos vinculados ao tratado de Genebra».

Pelo meio afirmou que, «é a favor de que se devolva ao Parlamento Português o debate público antes das leis serem aprovadas na UE, para que os Portugueses possam tomar conhecimento antes da votação final na UE».

Por fim, abriu-se o debate a quem desejou fazer perguntas, em que houve imensas intervenções. Paulo Sande disse que «o Brexit resulta da estupidez dos políticos e que a crise na Venezuela pode ter consequências num novo êxodo de retornados de portugueses na Venezuela», alertando para a diferença entre imigrantes e refugiados.

Joaquim Jorge receia que estas eleições europeias possam ter uma «enorme abstenção». As eleições legislativas por norma captam mais votos tanto pela atenção dos meios de comunicação social como pela sua importância. Maior pluralidade deveria permitir poder atrair mais cidadãos a votar. «As eleições europeias têm menos importância e as pessoas têm tendência a ver que não têm tanto que ver com a sua vida. A União Europeia está longe e não forma governo», explicou Joaquim Jorge.

A sessão terminou com uma foto conjunta de todos os presentes e um até breve.

 

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