Para decidir melhor, é preciso integrar os jovens na tomada de decisão
Opinião de Nuno Oliveira e Sá,
Candidato pela Iniciativa Liberal à Junta de Freguesia da Cidade da Maia
Com as eleições autárquicas ao virar da esquina, multiplicam-se ideias, propostas e promessas, todas com o objetivo de conquistar votos. As últimas eleições nacionais registaram uma excelente participação, mas será que o mesmo se verificará nas autárquicas, em outubro?
Os jovens, sobretudo aqueles entre os 18 e os 22 anos, que ainda não podiam votar em 2021, chegam a estas eleições desligados dos políticos locais, das políticas municipais e das decisões que moldam o seu território. Esta distância deve-se, em grande parte, à falta de proximidade real entre os decisores políticos e os jovens.
A verdade é que os números falam por si: nas autárquicas de 2021, a abstenção ultrapassou os 46%. Perante isto, é urgente mudar a forma como olhamos para a participação política e não só formar os jovens com literacia política, como permitir o seu envolvimento nas políticas locais é uma forma de incentivar à participação cívica das futuras gerações.
De forma geral, o país parece estagnado: sem reformas estruturais, com obras eternamente adiadas. Muitos jovens veem a classe política atual como incapaz ou ineficaz. Não se sentem representados e, por isso, aproximam-se de novas forças políticas que prometem respostas mais concretas para os seus problemas. No entanto, a responsabilidade de aproximar os jovens da participação e da decisão política, sobretudo a nível local, é dos próprios decisores políticos.
Os jovens não precisam apenas que os políticos ouçam os seus problemas – precisam de participar na sua resolução. Precisam de proximidade e abertura por parte dos executivos municipais. Todos já assistimos a tentativas de alguém mais velho resolver problemas dos jovens sem sucesso, simplesmente porque não é possível compreender a fundo essa realidade sem estar no lugar deles. Não é com frases feitas, ideias bonitas ou promessas incumpridas que se motiva a participação cívica. É essencial criar oportunidades para que os jovens façam parte da decisão. Porque os jovens são capazes de decidir melhor.
Com as eleições autárquicas, os jovens que integram partidos e movimentos independentes têm a oportunidade de se fazer ouvir e de contribuir ativamente para medidas e projetos que melhorem a vida das populações – em especial dos mais jovens. Só assim será possível aproximar as novas gerações da política e do seu dever cívico.
Os jovens podem e devem ser uma nova geração de políticos: mais próximos, transparentes e rigorosos. Uma geração disposta a servir a população e a resolver os seus problemas. Esta é a oportunidade de os jovens decidirem melhor!
No dia 12 de outubro, mais do que escolher candidatos, escolhemos caminhos. É essencial votar em projetos ambiciosos, que procurem soluções concretas e aproximem o decisor político do eleitor. É urgente mudar mentalidades e permitir que os jovens participem ativamente nas decisões que lhes dizem respeito. Porque o futuro não espera, constrói-se. E começa no dia 12 de outubro, votando na Alternativa que vai Decidir Melhor pela Maia.