Operação “cleaner”: Cerca de 30 suspeitos, 300 operacionais e 14 detidos

Operação “cleaner”: Cerca de 30 suspeitos, 300 operacionais e 14 detidos

Hoje, 23 de Maio, cerca das 7 horas da manhã, o país acordou com mais uma operação policial. Intitulada “Operação Cleaner” visa efetivar 14 mandatos de detenção, 17 buscas domiciliarias, 16 buscas não domiciliárias e constituir arguidos 14 cidadãos. Envolvidos na operação estão quase três centenas de operacionais da GNR de vários comandos territoriais, da unidade de intervenção daquela Guarda, da PSP e sua Unidade Especial de Polícia, da Autoridade Tributária, da ASAE e da CPCJ (dado que poderá haver necessidade de prestar um apoio adequado às crianças) e que durará durante boa parte do dia.

Com epicentro na Maia, operação está com mais incidência no distrito do Porto, porque é aqui que os suspeitos têm as suas residências, nomeadamente Porto, Maia, Matosinhos, Gondomar, Penafiel e Paços de Ferreira.

As investigações tiveram início no comando de Viseu da GNR, na zona de S. Pedro do Sul e Castro Daire, onde ocorreram furtos a residências e estabelecimentos comerciais, que se estenderam a todo o território nacional. Segundo a GNR, tem de facto especial enfoque na zona centro/norte e com furtos registados em Beja, em Faro no Algarve e no distrito de Setúbal.

Relacionados no processo estão cerca de 30 pessoas, a maior parte com ligações familiares e que tinha uma estrutura muito bem definida, com ligações entre as famílias. Grupos que praticavam os furtos, e praticamente no mesmo dia tinham recetadores, que faziam a distribuição dos bens que eram furtados e introduziam no circuito normal «estamos a falar de roupa, relógios, consolas de jogos, enfim tudo o que fosse fácil de furtar, dissimular e depois vender. Estamos a falar também de bens alimentares, picanha, polvo, bacalhau, salmão, camarão, que depois eram introduzidos em circuitos próprios da restauração», disse-nos na Maia o Tenente Coronel e relações públicas da GNR de Viseu, Adriano Resende que referiu ainda que «ao fim de um ano de investigação já deu para perceber que tem outros crimes associados, furto de veículos, eventualmente trafico de armas, trafico de drogas, entre outros», disse, num total de cerca de «57 furtos a residências e 94 a estabelecimentos comerciais».

A meio do dia, a GNR, em balanço, registava «15 pessoas detidas, 29 constituídas arguidas, foram apreendidas 29 munições, um quilo de ouro, haxixe, três veículos, 20 mil euros em dinheiro vivo, 50 euros em notas falsas, uma quantidade por especificar de peças de roupa, alimentos (carne, bacalhau, presunto e camarão), bijuteria, relógios de marca e equipamento informático, entre outros», disseram.

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