Não há motivo para alarme

Não há motivo para alarme

Aluna da Maia morre com bactéria infecciosa E.coli transmitida por via alimentar, alegadamente por hamster. Pesquisas adicionais estão a ser feitas, mas resultados oficiais só poderão ser conhecidos dentro de uma semana. 

Uma menina de sete anos de idade, após indisposição, foi transportada para o Hospital de Alfena, onde alegadamente lhe terá sido diagnosticada uma gastroenterite grave. Esteve em observação e tratamento durante cerca de uma semana, altura em que foi transferida para o Hospital de S. João, no Porto, onde viria a falecer no passado dia 13. A causa de morte, situação para a qual ainda não há muitos pormenores disponíveis, terá sido a falência dos rins, provocada por uma bactéria infeciosa alegadamente transmitida pelo hamster (rato de estimação) que a menina tinha em sua casa.
A morte da criança, aluna do Centro Escolar de Gandra, na Maia, e ao facto de se tratar de uma doença possivelmente transmissível, levou a Autoridade de Saúde do Agrupamento de Centros de Saúde (ACES) Maia/ Valongo que esteve reunida com representantes do município maiato e da comunidade escolar, a, por prevenção, «proceder à investigação epidemiológica» para determinar a origem do sucedido. O diretor do Agrupamento de Escolas de Águas Santas, Manuel Ferreira, após ter divulgado aos encarregados de educação uma série de medidas de proteção, afirmou estar convencido de que «não há motivo para alarme», estando «tranquilo», pois a escola está a cumprir os procedimentos recomendados, segundo o noticiado pelo Correio da Manhã.
Agora, pais e encarregados de educação, dado o clima de suspeição e a falta de informação mesmo à comunicação social, pedem esclarecimentos à direção escolar, queixando-se da insuficiente informação da nota lançada pela mesma, a qual não refere se a escola será encerrada ou tomada alguma medida de prevenção para a eventual transmissão da doença infeciosa em meio escolar.
No entanto o MaiaHoje apurou que a criança também praticava desporto num clube maiato e que não há noticias de qualquer contágio, nem a nível escolar, nem a nível desportivo, pelo que poderá ter sido um caso isolado.
O Maiahoje tentou contactar a Delegação de Saúde da Maia que se mostrou indisponível para prestar esclarecimentos à comunicação social. O médico Ricardo Filipe Oliveira, até Outubro representante da Assembleia Municipal no Conselho da Comunidade do ACES Maia/ Valongo, disse ao MaiaHoje que «dadas as informações disponibilizadas julgo não haver, para já, qualquer motivo para alarme. Conheço os fluxogramas de actuação e posso garantir que no caso de ser algo grave os procedimentos já teriam sido desencadeados. A criança teve outros contactos esporádicos que também não geraram doença. A melhor atitude e ficar tranquilo que em breve se saberá toda a verdade», acrescentando a terminar, o pedido de que as pessoas não se esqueçam «que temos o dever de também respeitar o sofrimento da família a quem envio os meus sinceros sentimentos», transmitiu.

O que é a E.coli?

Escherichia coli é uma bactéria bacilar Gram-negativa que se encontra normalmente nos intestinos. A maioria das estirpes de E. coli são inofensivas, mas alguns sorotipos podem causar graves intoxicações alimentares nos seres humanos, e são ocasionalmente responsáveis pela recolha de produtos alimentícios devido à sua contaminação.

As células desta bactéria podem sobreviver fora do corpo por um tempo bastante limitado, o que faz com que sejam um organismo indicador ideal para comprovação da contaminação fecal em amostras quando extraídas para o meio ambiente. Juntamente com o Staphylococcus aureus é a mais comum e uma das mais antigas bactérias simbiontes da humanidade.

Fonte: Wikipédia

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