Maia| CDU a meio do mandato, faz balanço sobre gestão autárquica

Alfredo Maia em entrevista ao Maia Hoje

Maia| CDU a meio do mandato, faz balanço sobre gestão autárquica

«Maioria não ouve a oposição e continua a desrespeitar os seus direitos consagrados em legislação» diz a CDU que afirma ser «a voz das populações e dos trabalhadores, dos seus problemas e das suas aspirações» e alternativa «credível à maioria PSD/CDS.

Nas eleições autárquicas de 2021 a coligação PPD-PSD/CDS-PP manteve a maioria absoluta na Câmara, Assembleia Municipal bem como em nove das dez actuais Freguesias/ Uniões de Freguesia, reforçando uma postura de poder absoluto de há mais de quatro décadas.

No presente mandato não se alterou a sua orientação política, em geral conivente com as políticas da direita nacional, não dando resposta aos problemas mais sentidos pela população, designadamente na falta de habitação acessível e na mobilidade. Uma gestão que insiste em manter projetos financeiros baseados na especulação imobiliária e que, a despeito de muita propaganda continua a não realizar o investimento público suficiente para as necessidades da população, mantendo um território profundamente assimétrico em termos de serviços públicos, mobilidade, equipamentos públicos e habitação. Um concelho que presencia o encerramento de serviços públicos essenciais como balcões dos CTT , da CGD e outros bancos privados sem que o Executivo Municipal tenha contrariado .

Uma gestão que privilegia o recurso à subcontratação de empresas prestadoras de serviços continuando a desguarnecer as entidades municipais de pessoal próprio, com perda de capacidade para acorrer a reparações urgentes em vias e pontes, derrocadas ou abatimentos.

Uma maioria que não ouve a oposição e continua a desrespeitar os seus direitos consagrados em legislação. Uma maioria que se negou a corresponder à vontade expressa da Junta e Assembleia de Freguesia de Nogueira e Silva Escura para dar início ao processo de desagregação daquelas freguesias.

Uma gestão que continua a dirigir o foco da sua atenção para o centro do concelho e uma imagem de riqueza e desenvolvimento que pretende esconder as manchas de pobreza e situações de habitações insalubres e abarracadas, os arruamentos degradados e sem passeios, nas freguesias.

A CDU, através dos seus eleitos nas Assembleias de Freguesia da Cidade da Maia, Pedrouços e Águas Santas e sobretudo na Assembleia Municipal tem procurado contrariar este rumo, designadamente na área da Habitação, defendendo um levantamento rigoroso das situações de carência habitacional e o combate decidido à especulação imobiliária. São muitas as questões levantadas pela CDU a partir de visitas e contactos com a população: a acessibilidade das pessoas com deficiência, os problemas da recolha do lixo, estacionamento, saneamento básico, atrasos em vias e obras, o acesso mais generalizado das crianças aos programas de férias,etc. Destacam -se ainda várias intervenções e moções pela reabertura da linha de Leixões a passageiros, a denúncia das elevadas perdas de água no sistema municipal de abastecimento, a defesa da recolha de resíduos como serviço público para todos e não como um negócio, a melhoria do serviço dos SMEAS e reforço dos seus meios técnicos e humanos próprios, em vez de contratar prestadores externos.

Interveio sobre os direitos dos trabalhadores da autarquia e empresas municipais, onde defendeu a regularização dos vínculos laborais e contra o recurso a mão-de-obra externa. Lutou pela atribuição de um subsídio de penosidade, insalubridade e risco aos trabalhadores do Município das áreas dos resíduos, água e saneamento e limpeza urbana.

Com um eleito (Carla Ribeiro ) a CDU continua a ser na Assembleia Municipal da Maia a voz das populações e dos trabalhadores, dos seus problemas e das suas aspirações, apontando críticas, mas apresentando também propostas e soluções, continua a ser a força da oposição que mais se empenhou, continua a ser a alternativa credível à maioria PSD/CDS.

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