Henrique Rocha e Frederico Silva avançam para a segunda ronda do Maia Open
Henrique Rocha e Frederico Silva asseguraram as primeiras vitórias portuguesas da oitava edição do Maia Open e carimbaram a passagem à segunda ronda do ATP Challenger 100.
O torneio, organizado pela Federação Portuguesa de Ténis e pela Câmara Municipal da Maia, decorre no Complexo Municipal de Ténis da Maia até ao próximo domingo.

© Beatriz Ruivo/FPT

© Beatriz Ruivo/FPT
De regresso aos courts onde aprendeu a jogar, Henrique Rocha (155.º ATP) protagonizou o encontro mais aguardado da ronda inaugural, ao superar o compatriota Gastão Elias (381.º) por 5-7, 6-3 e 6-1, após 2h15 de duelo intenso. O equilíbrio marcou o início da partida, mas Elias, que completou 35 anos na segunda-feira, acabou por quebrar fisicamente depois de conquistar o primeiro set. Já Rocha conseguiu elevar o nível de jogo após um arranque errático, influenciado pela transição entre temporadas.
«É sempre um encontro muito complicado de jogar porque ele é um osso duro de roer. Conseguiu jogar o primeiro set a um muito bom nível, mas no segundo eu acreditei um bocadinho mais que eventualmente ia mudar para o meu lado. Sem dúvida que foi um encontro muito físico, também mental e não foi nada fácil» afirmou Rocha, que recentemente conquistou o Challenger de Matsuyama, no Japão, e está a apenas seis posições da melhor classificação da carreira. Para repetir os quartos de final de 2024, o jovem português terá agora pela frente o russo Alexey Vatutin (413.º), lucky loser responsável pela eliminação de Tomás Luís no qualifying.
Gastão Elias, por sua vez, não escondeu que o encontro decorreu dentro das expectativas, tendo em conta o seu regresso à terra batida após vários meses de paragem. «Sabia que ia ter de tentar ganhar o mais rápido possível. Foi muito tempo sem competir em terra batida por causa da minha lesão e passei todo o encontro a ver se aguentava em relação à perna. Também estava um bocadinho preocupado com as costas e no terceiro set já estava a custar-me servir, o que mudou logo o jogo. A minha consistência desceu e a partir do momento em que isso acontece fica muito difícil para o meu lado, porque o Henrique consegue pegar muito bem no ponto e comandar».
A outra vitória nacional chegou através de Frederico Silva (253.º), que protagonizou um triunfo dramático perante o italiano Federico Bondioli (398.º), por 3-6, 6-3 e 7-5, ao fim de 2h58. O encontro, disputado no court central e com muito público nas bancadas, ganhou contornos emocionais na reta final. Silva fez o break decisivo ao 5-5 do terceiro set, num momento em que o adversário, também esquerdino, sofria de cãibras e se deixava levar por provocações ao público, criando um ambiente digno de Taça Davis.
«Fiz um bom encontro e se tivesse entrado melhor se calhar não tinha sido assim tão duro, mas obviamente estou muito contente porque no ano passado também tive as minhas chances de passar à segunda ronda e acabei por perder no tie-break do terceiro set. Conseguir puxar o jogo para o meu lado na parte final foi muito importante e deixou-me muito contente» disse o jogador das Caldas da Rainha, que terá agora pela frente o britânico Jan Choinski (128.º), primeiro cabeça de série, num encontro marcado para o final da jornada de quarta-feira.
A terça-feira contou ainda com os últimos jogos da temporada para Tiago Pereira e Pedro Araújo. Pereira (265.º), que completou o melhor ano da carreira após ter começado 2025 fora do top 500, perdeu por 6-3 e 6-2 frente ao qualifier espanhol Carlos Lopez Montagud (551.º), naquele que foi o seu 95.º encontro individual do ano. Já Araújo (594.º) caiu durante a noite perante o dinamarquês Elmer Moller (147.º), terceiro cabeça de série e campeão do Braga Open 2024 e do Oeiras Open 2025, por 6-4 e 6-4.
A competição prossegue esta quarta-feira com a estreia de Francisco Rocha, às 13h, seguida de Jaime Faria, antes do duelo entre Frederico Silva e Choinski que encerrará a jornada.


