Guerreiros de Silva Escura foram a combate e gritaram “vitória”

No dia 14 de maio, o Grupo Desportivo Cultural de Silva Escura (GDC Silva Escura) viajou até Vila Real para disputar a final da Taça Inatel Porto/ Vila Real.

Numa tarde solarenga e calorosa, os maiatos conseguiram trazer a taça para casa. O início de jogo foi forte da parte dos guerreiros de Silva Escura e, nos primeiros 15 minutos, os maiatos procuraram sempre o golo. No entanto, o Benagouro, equipa adversária, começou a exibir um futebol mais direto e de bola pelo ar, com mais argumentos técnicos/ tácticos, que se prolongou até ao fim da primeira parte.

Já na segunda parte, o GDC Silva Escura corrigiu os erros da primeira parte e não deixou qualquer margem para o adversário pensar no jogo, mantendo uma pressão forte em cima do Banagouro. Com esta atitude, Fábio Branco conseguiu o primeiro golo na cobrança de um livre direto.

Insatisfeitos com apenas um golo, os guerreiros da Maia continuaram a insistir e tiveram mais duas ou três bolas de golo, mas que por mérito do guarda redes adversário, não conseguiram atingir a baliza.

Sem nunca desistir e depois de um mau alívio do guarda redes adversário, o avançado Muller partiu a meio do meio campo e só parou quando a bola embateu nas redes. Assim ficou fechado o resultado final que nunca teve em risco, pois após os 80 minutos, o Silva Escura não permitiu ao adversário fazer um remate à baliza. O apito final soou e o encontro terminou num 2-0 para os maiatos.

Mesmo estando a mais de 100km de casa, os guerreiros levaram um forte apoio de Silva Escura, contando com mais de 100 pessoas nas bancadas, as quais ajudaram a equipa a fazer a festa no final, com a Taça a viajar para o Museu do Clube.

Aquecimento antes do grande dia:

Antes do considerado “jogo mais importante da História do Clube”, o Maia Hoje teve a oportunidade de conhecer o clube, que conta com 21 anos de existência.

Nascida em fevereiro de 2002, a coletividade tem passado por algumas dificuldades, nomeadamente a nível financeiro, uma vez que não tem muitos sócios. Segundo Gabriel Ferreira, presidente do GCD Silva Escura «ajudamo-nos uns aos outros, pedimos ajuda aos patrocinadores e alguns amigos» mas «contamos sempre com o apoio da Junta de Freguesia de Silva Escura, que nos empresta as carrinhas para nos deslocarmos para os jogos».

Uma outra adversidade é o facto de o clube não ter campo próprio, o que faz com que tenha de se deslocar até outra freguesia para treinar, neste caso, S. Pedro Fins. O Maia Hoje tem conhecimento de um campo existente junto à Capela de Santo António, na freguesia de Silva Escura, o que «seria um apoio para nós (…) é logico que faltam muitas obras: um sintético, uma vedação, uns balneários e água canalizada» referiu o presidente, acrescentando que «a Junta de Freguesia e o clube não tem poder para isso, tinha de ser a Câmara Municipal a investir».

Apesar de tudo, a coletividade continua a acreditar e, o final a Taça Inatel fez com que os jogadores mostrassem do que são feitos os guerreiros.