Guerra, protestos e alterações climáticas no maior concurso de fotojornalismo

Guerra, protestos e alterações climáticas no maior concurso de fotojornalismo

A 24ª edição da “World Press Photo” foi inaugurada no dia 28 de outubro, no Fórum da Maia e contou com a presença da comissária da Fundação World Press Photo, Mariana Rettore Baptista; dos edis maiatos, Silva Tiago; Paulo Ramalho; Mário Nuno Neves e Marta Peneda; da deputada na Assembleia da República, Márcia Passos; dos presidentes das Juntas de Freguesia da Vila de Moreira e Folgosa, Carlos Moreira e Vítor Ramalho, respetivamente, entre outros.

Considerada a principal competição mundial de fotografia jornalística e documental, esta exposição mostra de forma impactante, os principais desafios do nosso mundo, com enfoque para a guerra da Ucrânia, os protestos no Irão, a tomada de posse dos talibãs no Afeganistão e a crise climática.

Todas estas fotografias são relativas ao ano transato «é uma forma do público refletir sobre o que aconteceu o ano passado, mas também de repensar o que está a acontecer este ano» disse ao Maia Hoje, Mariana Baptista.

Depois de percorrer o acervo, Paulo Ramalho descreveu «é uma exposição muito forte e representa os premiados do maior concurso de fotojornalismo» e destacou que «pela primeira vez, tivemos uma curadora a falar em português». Para o vereador das relações internacionais «esta exposição vale a pena ver porque faz-nos um apelo muito forte à reflexão daquilo que é o nosso mundo atual e àquilo que devem ser os nossos contributos para que o mundo seja melhor». Todos os anos e no âmbito do “World Press Photo” realiza-se uma conferência ligada a um tema internacional «com oradores e comentadores, que todos os dias vemos nas televisões (…) ainda vamos anunciar uma data e este ano o tema é o Médio Oriente» revela ainda o vereador.

Este ano foram avaliadas, por uma equipa de 31 jurados, mais de 60 000 fotografias. Concorreram mais de 3 000 fotógrafos profissionais, onde 24 saíram vencedores.

A exposição, que passa pela Maia há 24 anos, tem entrada livre e pode ser visitada no Fórum da Maia, de terça-feira a domingo, entre as 10h00 e as 22h00.

Vencedores:

A Fotografia do Ano, de Evgeniy Maloletka, é uma comovedora imagem da Guerra na Ucrânia, aquando do cerco a Mariupol, que capta o sofrimento humano causado pela invasão russa.

A História do Ano reúne nove fotografias assombrosas de Mads Nissen para confrontar cada um com a vida do povo afegão sob o regime talibã.

O Prémio de Projeto de Longo Prazo celebra o trabalho de Anush Babajanyan e a crise da água e resiliência do ser humano na Ásia Central.

O Prémio de Formato Aberto atribuído a Mohamed Mahdy pelo projeto colaborativo com os moradores do bairro de Al Max, Alexandria, Egito, preserva a memória de uma vila de pescadores em rápido desaparecimento e conecta-a ao mundo através de um site interativo.

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