Do cartão de crédito às medidas Covid-19: comece a organizar as suas férias de Verão

Do cartão de crédito às medidas Covid-19: comece a organizar as suas férias de Verão

Depois de um mais de um ano de escura pandemia, já é possível vislumbrar alguma luz ao fim do túnel. O processo de vacinação massiva, ainda que desigual a nível continental, a que se assiste um pouco por todo o mundo está a abrir caminho a que este verão se pareça com algo mais familiar e normal.

Tudo aponta neste sentido e as recentes declarações de Didier Reynders (comissário europeu da Justiça) à Lusa vieram dar ainda mais força a este cenário:

“estou confiante e […] uma das razões é porque existe uma intenção real de muitos Estados-membros em avançar num levantamento das restrições às viagens, tendo em conta a evolução da pandemia e, claro, a evolução da vacinação”.

“estou confiante e […] uma das razões é porque existe uma intenção real de muitos Estados-membros em avançar num levantamento das restrições às viagens, tendo em conta a evolução da pandemia e, claro, a evolução da vacinação”.

Esta crença da Comissão Europeia na retoma da livre circulação na União Europeia (UE) na estação estival, dada a “intenção real” de os países levantarem restrições às viagens devido à covid-19 e os avanços para criação do certificado verde digital, é um excelente mote para que comece a organizar as suas férias de verão, mas para que possa desfrutar do merecido descanso há mais coisas a que deve prestar atenção.

Do certificado verde digital às mudanças no processo de compra online de viagens com cartão de crédito, vamos dar-lhe toda a informação sobre o que está a ser pensado e feito para que o verão de 2021 se encha de turistas livres e felizes.

Vacinação e Certificado Verde Digital

Como referimos, a aceleração do processo de vacinação e a possível entrada em vigor de um certificado verde digital que, na prática, permitirá a quem já tiver completado o seu processo de vacinação deslocar-se livremente por todo o espaço comunitário, são a alavanca que irá desbloquear as viagens em turismo no próximo verão.

Ainda longe dos números de Gibraltar, Israel ou Seychelles, territórios onde já foi alcançada a imunidade de grupo, Portugal e os seus companheiros europeus estão a entrar numa fase de maior abundância de vacinas e, como tal, a acelerarem o processo de vacinação da sua população adulta no intuito de chegarmos a julho com mais de 70% da população inoculada.

Apesar de lento, isto é um avanço significativo sobre as primeiras previsões do governo português que, estimava que só no final do verão se atingiria esta marca. No momento, cerca de 30% da população já tomou, pelo menos, uma dose da vacina contra a Covid-19, um valor dentro da média da UE.

Esta massificação da vacinação leva ao segundo ponto referido pelo comissário Reynders: o certificado verde digital.

Apesar de estar nas mãos dos Estados-Membros a sua aprovação, o certificado verde digital que irá comprovar a vacinação, testagem ou recuperação da covid-19, um documento bilingue e com código QR, será de extrema importância para permitir a retoma da livre circulação na UE no verão.

A estas duas razões de otimismo, a Comissão Europeia junta ainda uma terceira. Segundo Reunders:

“a terceira razão pela qual estou bastante otimista é porque temos agora um acordo sobre as especificações técnicas. Se olharmos para a evolução sobre as restrições, para o calendário no Parlamento e no Conselho e para o calendário sobre a solução técnica para o certificado digital, […] estou bastante confiante de que teremos tudo à nossa disposição para estarmos prontos para o verão”.

Didier Reynders apela ainda aos Estados-membros que criem soluções de “baixo custo” para facilitar as deslocações no verão, permitindo a retoma dos setores do turismo e das viagens, que representam cerca de 10% do PIB europeu.

Compra de viagens online com cartão de crédito

A organização das suas férias de verão não estaria completa sem a necessária compra da viagem, mas há algo a que tem de prestar atenção: a compra online de viagens com cartão de crédito tem novas regras.

No inico do ano, entrou em vigor uma nova diretiva europeia (PSD2) que vem exigir que os bancos solicitem aos consumidores que façam a sua autenticação através de palavra-passe, mensagem enviada para o telemóvel ou impressão digital ao contrário do que acontecia até aqui em que bastava introduzir as informações impressas nos cartões (como, por exemplo, o número do cartão, a data de validade ou o código CVV/CVC) para concluir uma operação de pagamento de uma compra online.

Este novo paradigma nestas transações através de cartão de crédito, meio preferencial de pagamento de compras online, já entrou em pleno no sistema bancário nacional como é o caso do Unibanco.

Esta instituição passou a disponibilizar aos seus clientes os códigos de validação de compras online exclusivamente na App Unibanco significando isto que o cliente deixou de receber a habitual SMS de confirmação.

Unibanco que também está relacionado com outra virtude deste tipo de pagamentos com cartão: a poupança.

Pode ser estranho estarmos a falar de poupança quando o assunto é gastar dinheiro em viagens, particularmente depois de um período tão exigente para as famílias em termos económicos, mas é exatamente isso que permite um cartão de crédito Unibanco com cashback. Na prática, um cartão de crédito com cashback Unibanco permite que realize o pagamento das suas compras online e, de acordo com o dinheiro que gastou, receba de volta uma quantia que pode chegar aos 200 nos primeiros 12 meses do ano.

Como este é um cartão de crédito sem anuidade que permite o fracionamento do pagamento em 3x sem juros, a taxa de poupança é ainda maior.

Prevenção do Covid-19 – Recomendações para os viajantes

  • Antes de tudo o mais, máscara, álcool gel e distanciamento social são três ingredientes chave em qualquer viagem que pretenda fazer. Ainda que já tenha sido vacinado, cumpra as determinações sanitárias do seu destino de férias;
  • Se não tem um plano de viagem delineado, faça pelo menos um esboço dos sítios onde provavelmente irá passar. Aponte os contactos de emergência desse país, bem como as moradas das embaixadas ou consulados relevantes;
  • Pode acontecer que o seu itinerário seja abruptamente alterado devido à suspensão / alteração dos meios de transporte, atividades ou mesmo dos alojamentos. Antes de partir de viagem, deve estar atento às rotas e regras de entrada e saída em cada país – pode consultar a lista atualizada no site da IATA;
  • Caso tenha sintomas (febre igual ou superior a 38ºC, tosse ou dificuldades respiratórias) ou tenha estado em contacto com alguém doente contacte imediatamente o número de serviço de saúde do país em questão e a sua seguradora. Caso o contágio tenha sido positivo, deve contactar de imediato a Embaixada ou Consulado português do país em que se encontra – estas informações devem ser agrupadas antes do início da sua viagem e podem ser encontradas no site do Ministério dos Negócios Estrangeiros.
  • Se nos 14 dias após regressar de um país afetado tiver tosse, dificuldade em respirar ou febre igual ou superior a 38ºC deve ligar para a linha Saúde24 (tlf: 808 24 24 24).

Destinos Seguros

Sair em viagem no próximo verão está prestes a tornar-se uma realidade, mas para onde?

As regras de entrada nos diversos países do mundo divergem, fundamentalmente, em função da sua situação epidémica atual e do avanço na vacinação, mas há destinos que se estão a destacar no ramo da segurança.

Mónaco

Conhecido pelo seu proibitivo nível de vida, o Mónaco é outro dos destinos de viagem mais seguros da Europa. O principado conta com cerca de duas dezenas de mortes e um total de 1.787 casos, desde o início da pandemia.

Embora não haja um período obrigatório de quarentena à chegada ao Mónaco, existe atualmente um recolher obrigatório das 19h às 6h da manhã.

Martinica (Caraíbas)

Anda meio mundo a sonhar com praias desertas e águas cristalinas, mas há quem tenha tudo isso à soleira da porta e possa desfrutá-lo sem grandes preocupações como é o caso da literária e bela ilha de Martinica nas Caraíbas.

Em termos pandémicos, este destino foi 15 vezes menos afetado pela covid-19 do que a maioria dos países da Europa, com 6.000 casos e 45 mortes no total.

Para entrar na ilha, todos os viajantes com idade superior a 11 anos são obrigados a ter um resultado negativo no teste PCR.

Ilhas Seychelles

Continuando no domínio dos destinos de areia branca e mar turquesa, nas Seychelles deixaram de vigorar as quarentenas obrigatórias, mas os visitantes estrangeiros terão de apresentar um teste PCR negativo à covid, realizado 72 horas antes da viagem.

A liberdade é total, ou quase, dado que os turistas terão de respeitar as regras locais de saúde pública para controle da pandemia, como uso de máscaras e distanciamento social, além da higienização frequente das mãos.

Há ainda um outro ponto a frisar, estas ilhas do Índico já atingiram a imunidade coletiva.

Taiti, Polinésia Francesa

Quem sempre sonhou com uma viagem ao Taiti, esta pode ser uma excelente altura para o concretizar. Este arquipélago perdido no Pacifico tem três vezes menos mortes por milhão de habitantes do que França. Em toda a Polinésia Francesa, registaram-se 18.299 casos do vírus e 136 mortes.

A maioria dos viajantes é obrigada a fazer pelo menos um teste PCR com resultado negativo antes de embarcar.

Madeira e Porto Santo

Eleito recentemente como o destino mais seguro da Europa, o arquipélago da Madeira tem atualmente uma das taxas mais baixas de casos ativos na Europa, com um total de 971 contágios, desde o início da pandemia.

Nota:

Se, por alguma razão, as viagens não sejam efetuadas ou que sejam canceladas por facto imputável à pandemia COVID-19, tem sempre o direito a uma das seguintes opções:

  • emissão de um vale de igual valor ao pagamento efetuado pelo viajante, válido até 31 de dezembro de 2021;
  • caso seja utilizado para a realização da mesma viagem, ainda que em data diferente, mantém-se o seguro que tiver sido contratado no momento da aquisição do serviço de viagem;
  • se não for utilizado até 31 de dezembro de 2021, o viajante tem direito ao reembolso, a efetuar no prazo de 14 dias corridos.
  • reagendamento da viagem até 31 de dezembro de 2021:
  • caso o reagendamento não seja efetuado até 31 de dezembro de 2021, o viajante tem direito ao reembolso, a efetuar no prazo de 14 dias corridos.

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