De “Invisíveis” para “Visíveis”

De “Invisíveis” para “Visíveis”

O Centro Comunitário de Vermoim/Sobreiro através do seu projeto “Urbaniza-te” do Contrato Local de Segurança da Maia, apresentou, em conjunto com o Teatro e Marionetas de Mandrágora, um espetáculo de artes dramáticas, que se realizou no dia 21 de novembro, no Fórum da Maia.

“Tornei-me invisível” é um projeto comunitário que faz uma reflexão profunda sobre a nossa sociedade e o papel da mulher, abordando a temática do abandono, que caracteriza o processo do envelhecimento.

Habituados a lidar com pessoas idosas, Mário Figueiredo, coordenador do Centro Comunitário, explica ao Maia Hoje que é preciso promover diversificadas atividades ocupacionais, sendo que as artes são «uma ferramenta fantástica para trabalhar com estas pessoas».

Assim, juntou-se um grupo de cerca de 20 pessoas e durante um ano de ensaios «trabalhamos a problemática de ser idoso, partilhando com os outros aquilo que acontece com o envelhecimento».

Mário Figueiredo faz um balanço positivo deste projeto, dizendo que o grande objetivo de se «tornarem visíveis» foi cumprido. Estas mulheres, com idades compreendidas entre os 60 e os 90 anos, partilharam as suas experiências, memórias e histórias para construir a própria dramaturgia do espetáculo.

Clara Ribeiro, do Teatro e Marionetas de Mandrágora, foi a responsável pela direção artística do projeto «estivemos a trabalhar, durante um ano, com sessões nas áreas da dança, do teatro, do improviso e das artes plásticas».

A companhia de teatro de marionetas foi fundada a dois de abril de 2002 e já estão habituados a trabalhar com projetos comunitários «não foi nada complicado trabalharmos com estas senhoras, colaboraram imenso e no fundo, o espetáculo é parte delas» termina por explicar Carla Ribeiro.

O Fórum da Maia recebeu mais de 300 pessoas para assistir com emoção a este espetáculo.

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