COVID-19: Criado kit de diagnóstico português que permitirá, em fase inicial, fazer 300 testes por dia

COVID-19: Criado kit de diagnóstico português que permitirá, em fase inicial, fazer 300 testes por dia

O Jornal Público noticiou ontem a criação de um kit de diagnóstico português ao novo coronavírus. Segundo o mesmo órgão de comunicação, o Kit já foi acreditado pelo Instituto Nacional de Saúde Dr. Ricardo Jorge. Usa reagentes fabricados em Portugal e, dentro de poucos dias, o instituto científico que o criou espera começar a fazer 300 testes por dia.

O Primeiro Ministro, António Costa, disse ter uma capacidade instalada de 30 mil testes à Covid-19, mas garante já ter encomendado mais 280 mil. Governo diz não haver racionamento de testes. No entanto, essa continua a ser uma preocupação.

O Público avança que a investigadora Maria Manuel Mota, directora do Instituto de Medicina Molecular (IMM) da Universidade de Lisboa, começou a aperceber-se de que os testes de diagnóstico (vindos do estrangeiro) do novo coronavírus acabariam por se esgotar em Portugal. «Começámos a pensar: como cientistas, como é que podemos ajudar? Podemos usar kits e reagentes que temos em Portugal e que achamos que não vão esgotar-se com facilidade», conta. Juntou então um grupo de voluntários do seu instituto usando reagentes fabricados no país e seguindo a “receita” da Organização Mundial da Saúde para os kits de diagnóstico. Resultado: dentro de poucos dias, o IMM deverá começar a fazer 300 testes por dia, e a ideia é chegar aos mil.

Neste momento serão aproveitadas todas as tecnologias já existentes e adaptá-las, sendo que a utilizada nestes diagnósticos já é vulgarmente aplicada no IMM na investigação do parasita da malária, assim como os reagentes produzidos em Portugal para essa tecnologia. O kit já foi acreditado pelo Instituto Nacional de Saúde Dr. Ricardo Jorge (Insa).

Maria Mota adiantou ao Jornal Público que entre a seguda e terça-feiras passadas foram feitos testes reais a dez amostras para comparar, desta vez, com os resultados do Insa. Vão usar-se as mesmas amostras, que serão processadas ao mesmo tempo, para verificar se o kit de diagnóstico português chega aos mesmos resultados do que o Insa. A partir daqui o kit estará pronto para começar a ser utilizado em diagnósticos.

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