“Corredor do Leça” avança entre a Travagem e Alvura

“Corredor do Leça” avança entre a Travagem e Alvura

O presidente da Câmara Municipal da Maia, António Silva Tiago, na manhã desta terça-feira, dia 19 de junho, reuniu com jornalistas, para partilhar informação sobre o projeto do Corredor Verde do Leça/Maia (Fase 1), que segundo a autarquia «visa a melhoria da qualidade de vida e de bem-estar da comunidade concelhia». A muita comunicação social presente estava mais interessada na recente polémica da Academia do FCPorto, o que originou até um pedido do diretor de comunicação da CM Maia aos presentes, para não se esquecerem de dar o devido destaque ao importante tema principal para que foram convidados. Como sempre, o MaiaHoje esteve presente, tendo tido a companhia da colega do Primeira Mão online e dos do Jornal da Maia online, os únicos a dar o devido destaque, sublinhando o muitas vezes esquecido empenho e importância da imprensa regional.

Mas vamos ao motivo deste encontro. Este projeto, segundo a câmara «é baseado em três princípios de ação: regenerar e não restaurar, ou seja, trabalhar com a natureza; contacto e circular e gostar para preservar».

Com vista ao seu desenvolvimento, foi aprovada em reunião de executivo, a decisão de requerer a declaração de utilidade pública, de carácter urgente, com vista à expropriação dos terrenos destinados à construção do Corredor.

Para a conclusão deste projeto, Silva Tiago pede ao Governo que «assuma aquilo que o anterior Governo assumiu» e avance com a abertura de linhas de financiamento, através de fundos comunitários, para que o projeto, que terá um custo de 10 milhões de euros, no que diz respeito à Maia, avance.

«O custo será cerca de um milhão por quilómetro mais o custo da compra dos vários moinhos ao longo das margens que a câmara também tem vindo a comprar» disse Silva Tiago, adiantando que a limpeza das margens deve ficar concluída este ano.

A primeira fase tem uma extensão de quatro quilómetros e liga o município de Valongo à Ponte da Pedra. Será feita a estabilização e valorização das margens do Rio Leça; a promoção do desenvolvimento da galeria das margens do rio; requalificação da zona envolvente do rio em Pisão e criação de circuitos pedonais e ciclovias; três novas pontes metálicas; iluminação; parque e zonas de recreio.

Serão criados dois novos parques urbanos e sete zonas de estar ao longo do rio. Durante o percurso, poderão ser observados elementos de valor cultural e patrimonial, como a ponte e moinhos de Pisão; casa e moinho de Carolina Michaelis; ponte e moinhos da rua do Pinto; Parque de Alvura e ponte e moinhos de Alvura.

Com centenas de árvores, pontes sobre o rio, passadiços, zonas para piquenique e percursos para caminhar e pedalar, a primeira fase do novo parque no Corredor Verde do Leça, já está aberta ao público para usufruir da natureza em plena cidade «a primeira parte, ao longo de 5,5 quilómetros, abriu no início de julho de 2022, com quatro pontes pedonais e sete passadiços para desfrutar do rio e suas margens, entre a Ponte da Pedra, em Leça do Balio, e a Ponte de Moreira, na Maia», diz a autarquia.

Considerado, durante várias décadas, um dos rios mais poluídos da Europa, o Rio Leça, que se estende ao longo de cerca de 46 quilómetros, é o elemento central de um plano de recuperação desenvolvido desde 2016 pelos municípios por onde passa: Santo Tirso, onde nasce, a uma altitude de 475 metros, Matosinhos, Maia e Valongo.

Silva Tiago informou ainda que Maria Graça de Carvalho, ministra do ambiente e energia, vem visitar a Maia a nove de julho, para conhecer os projetos do Corredor Verde do Rio Leça e área intervencionada.

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