Castêlo da Maia sofre onda de assaltos

Castêlo da Maia sofre onda de assaltos

Automóveis são o alvo principal. Moradores organizam-se e criam Associação.

Desde meados do ano passado que os moradores do centro da Vila do Castêlo da Maia têm sentido “na pele” o flagelo dos assaltos, havendo relatos de assaltantes interceptados pelos próprios moradores e entregues à GNR.
Carros limpos de pneus, vários auto-rádios e outros bens, além dos prejuízos causados por quebra de vidros, estragos nas fechaduras em veículos e danos nas portas de acesso às garagens, são alguns dos prejuízos apurados no interior de edifícios. Já na rua, avultam os roubos de viaturas e pneus, bem como, pelo menos, dois embates em carros estacionados durante a noite, com fuga de quem bateu e, naturalmente, sem testemunhas.
Todas estas situações, aliadas a problemas no nivelamento dos passeios por causa das árvores que os ornamentam, bem como a fraca iluminação em vários pontos das urbanizações, levou a que um grupo de uma dezena de moradores se mobilizasse para criar uma associação de moradores.
O objectivo é ganhar estatuto e força para reunir com as instituições de segurança e políticas do concelho, alertá-los para os problemas da zona, para as melhorias que são necessárias quer em termos de segurança, quer em termos de mobilidade, quer mesmo em termos de acção e apoio social «não nos queremos substituir a ninguém, apenas ser mais uma instituição ao serviço da população. Neste caso dos nossos vizinhos», garantem.
«Há um aumento da insegurança das pessoas que nos levou a movimentar no sentido de criar uma associação de moradores, de alguma forma que possa contribuir para melhorar a segurança e dinamizar a vida da urbanização. Tentar criar uma série de iniciativas que torne as pessoas mais próximas, tendo em conta que se trata de uma área grande», dizem os mentores da associação, que denunciam «à partida, não serão as mesmas pessoas que furtam e que batem. À sexta e ao sábado à noite, no terreno ao lado, vêm para aí fazer corridas de carros, peões e derrapar. Por qualquer motivo, ao descer a rua mais depressa, batem nos carros que estão estacionados na via pública e fogem. Já sucedeu pelo menos duas vezes no último ano e isto acarreta prejuízos para as pessoas porque não se sabe quem é o culpado, não há a indicação de quem é que bateu e, portanto, a despesa fica sempre para a pessoa que sofre o acidente».
GNR acusada de não dar resposta
Perante estas situações, dizem os moradores que a polícia «levanta um auto, vão averiguar e tentar perceber quem é que foi, mas não havendo qualquer indício de quem são as pessoas que provocam isso, é muito complicado chegar a alguma conclusão. Isto quando se deslocam, porque hoje, aparentemente, recusaram-se a deslocar cá “por causa de um roubo de pneus”. Aconselharam a pessoa que foi assaltada a deslocar-se ao posto da GNR do Castêlo da Maia para apresentar a queixa. Portanto, todo este acumular de situações tem criado aqui um sentimento de insegurança nas pessoas. Por um lado, porque vêm que as situações acontecem. Temos tido assaltos, carros que são vandalizados, corridas aqui atrás e ninguém faz nada. Por outro lado, conjugado com isto, quando as pessoas se socorrem da GNR, a resposta que obtêm do lado de lá é que não se podem deslocar, não têm carros patrulha, não têm efetivos, não têm meios…o sentimento de insegurança mantém-se e fica e repare, moramos a 5 minutos do posto da GNR do Castêlo».

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