Câmara da Maia quer túnel na EN14 até 2028
A assinatura do acordo de gestão decorreu esta terça-feira, dia dois de setembro, na Câmara Municipal da Maia e foi presidida pelo Ministro das Infraestruturas e Habitação, Miguel Pinto Luz.
O protocolo estabeleceu os termos de colaboração entre o município da Maia e a Infraestruturas de Portugal (IP) para que sejam estudadas soluções que promovam maior fluidez de tráfego e integração urbana no troço da EN14 entre os quilómetros 5,9 e o km 7,4; desenvolvimento de projeto de execução por iniciativa do município; e avaliação técnica e eventual implementação das medidas por parte da IP, condicionada à sua inclusão em planos de investimento ou programas governamentais.
Neste âmbito, caberá ao Município promover o desenvolvimento do projeto de execução, enquanto a IP garantirá apoio técnico, colaboração no estudo das soluções, e acompanhamento de todo o processo.
Segundo António Silva Tiago, presidente da Câmara Municipal da Maia, o trânsito na EN14 «é uma cicatriz que precisa de ser resolvida e já vamos tarde» propondo um anteprojeto «já feito e pago por nós» apresentado ao IP e ao Ministério das Infraestruturas «no sentido de o considerarem, aprovarem e fazer este protocolo, em que Estado Central assume este problema connosco».
O autarca disse querer ter o projeto de execução da tunelização da EN14 pronto este ano e lançar concurso público em 2026 «estou convencido que se a obra avançar em 2026, com o concurso público, que é o que eu espero, em finais de 2027, no máximo em meados de 2028, a obra está pronta» adiantou.
Pretende-se assim dotar a EN14 com 2×3 vias acrescidas de bermas e separador central desde o nó de Chantre até ao nó de Chiolo, coberta por um túnel. Na parte superior, o presidente fala na construção de um jardim público ao longo desta intervenção.
Da parte do projetista da EPOCA – Gestão, Estudos e Projetos, António Martins, sublinhou que a tunelização «parece-nos ser a única solução técnica que permite diminuir de forma significativa o ruído emitido por esta infraestutura rodoviária, dentro dos parâmetros exigíveis pela legislação vigente e sem impactos significativos da paisagem».
Já o ministro disse que a EN14 «é uma ferida na cidade da Maia» e «está subdimensionada em termos do fluxo e do papel que tem de ligação Porto – Maia – Braga».
No seu discurso, António Silva Tiago apontou também outras prioridades estratégicas para o concelho e para a região, como a criação de um novo nó da A3 em Águas Santas, associado a uma interface multimodal com o Metro do Porto, destinado a aliviar a VCI; a ligação direta do terminal de carga aérea do Aeroporto à A28, garantindo melhores condições logísticas.
Concluiu afirmando que este protocolo representa um ponto de partida para uma cooperação sólida entre o município, o Governo e a IP, em prol das populações e da economia regional.