Aposta centrada nas academias desportivas e na microcidade dos «5 minutos»

Aposta centrada nas academias desportivas e na microcidade dos «5 minutos»

Academia FC Porto, Parque Metropolitano da Maia e «cidade dos 5 minutos» foram os temas que estiveram em cima da mesa.

Num encontro realizado com jornalistas numa unidade hoteleira do concelho, Silva Tiago, presidente da Câmara Municipal da Maia, partilhou informações sobre os grandes projetos que estão em curso na Maia e outros que se encontram em preparação para entrarem, igualmente, em fase de execução.

É o caso da Academia FC Porto, que irá nascer no futuro Parque Metropolitano da Maia, entre as freguesias de Nogueira e Silva Escura e S. Pedro Fins, numa área com cerca de 350 hectares, que incluirá também uma academia de formação do Boavista.

A hasta pública para a venda dos 11 hectares da Câmara Municipal da Maia onde vai nascer a nova academia vai ser efetuada «nas próximas semanas» e o assunto irá ser discutido na reunião do executivo e em Assembleia Municipal extraordinária para ser «analisado e votado».

Silva Tiago afirmou ainda que «queremos que o FC Porto tenha todas as condições para poder disponibilizar aos jovens. O nosso compromisso é colocar em Hasta Pública a nossa parte dos terrenos e quem oferecer mais, obviamente compra (…) se o FC Porto entender vai à Hasta Pública comprar o terreno e desenvolverá o projeto».

O presidente justifica o porque da disponibilização dos terrenos em Hasta Pública «os terrenos tiveram um custo para a autarquia. Não os podemos doar porque tiveram custos associados».

O valor ainda não está definido, «mas a equipa de avaliação está a ultimar o relatório de avaliação para me fazer chegar e a uma comissão que nós criamos na Câmara».

No que diz respeito ao Boavista, o projeto «está mais atrasado».

Parque Metropolitano da Maia

Em julho do ano passado, a Câmara Municipal aprovou este projeto, um espaço com mais de 376 hectares.

Nos 70 hectares que pertencem à autarquia maiata, pretende-se desenvolver um “campus” tecnológico e de investigação aplicada, com cerca de 30 hectares, localizado a norte, contíguo à zona urbanizada, de uso predominantemente empresarial, ao longo da Via Diagonal/Rua Central de Friães.

Está ainda definida uma zona urbana multifuncional, nomeadamente através de uma residência sénior e intergeracional, com cerca de 25 hectares, localizada a sudoeste, contígua à zona urbanizada do Lugar do Carvalho.

Segundo o Porto Canal, o projeto engloba também um estádio com características para acolher jogos da II Liga e os principais duelos dos escalões de formação, reunindo cerca de 2.500 lugares cobertos, parque de estacionamento, zonas de imprensa e balneários.

Concentra ainda nove campos relvados com dimensões oficiais e mais um de superfície similar para o futebol de sete, sob autoria do escritório de arquitetura de Manuel Salgado, que concebeu o Estádio do Dragão e o Dragão Arena, ambos no Porto.

«Cidade dos 5 minutos»

Na mesma reunião de trabalho, Silva Tiago anunciou a criação de um «microclima» na Zona Industrial Maia I, junto à Estação de Mandim, porque considera ser das «melhores zonas do país, mas só tem empresas».

É pretendido aplicar o conceito dos «5 minutos» e Silva Tiago sublinha «não é 15 porque aquele espaço tem cerca de 40 hectares» onde haja um Pavilhão Multiusos para 8.500 pessoas, um Museu de Arte Digital, restaurantes; hotéis, alojamento, farmácias, praças, jardins, habitações para jovens e empresas tecnológicas, com o objetivo de dinamizar aquela zona e atrair jovens. 

De acordo com o presidente, o assunto está a ser estudado «vamos abrir um concurso público internacional onde os players internacionais possam participar» e acrescenta «vamos desafiar os proprietários dos terrenos a aderir porque a lei permite que, caso os proprietários não queiram, a Câmara substitui».  

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