Maia Open sem portugueses nos singulares
Henrique Rocha não resistiu ao segundo desafio da semana e deixou o Maia Open sem tenistas portugueses no quadro principal de singulares. Assim, a representação lusa neste ATP Challenger 100 ficou concentrada em Tiago Pereira, apurado para as meias-finais de pares ao lado do búlgaro Alexander Donski.
Dois dias após a estreia vitoriosa na prova que joga “em casa”, Henrique Rocha (155.º classificado no ranking ATP e quarto cabeça de série) foi surpreendido pelo russo Alexey Vatutin (413.º), repescado após perder na última ronda do qualifying, e perdeu por 7-6(2) e 6-2 após 1h46.
Na reta final da temporada, já com a preparação para 2026 iniciada, o portuense acusou a «natural falta de competição das últimas semanas e pagou caro pelas oportunidades desperdiçadas na partida inaugural- nomeadamente quatro pontos de break, o último na forma de set point» explica o gabinete de imprensa da Federação Portuguesa de Ténis.
«Acima de tudo tenho de lhe dar mérito porque tentei e acho que joguei a um bom nível durante grande parte do encontro, mas ele conseguiu ser ainda mais consistente. Quebrou-me muito os padrões de jogo nos primeiros jogos, senti que tinha a parte tática muito desenvolvida e desenquadrou-me muito» admitiu o número três nacional, que procurava igualar os quartos de final da época passada.
«Respondeu melhor do que eu estava à espera e à medida que o encontro avançou também falhei mais serviços. A percentagem não esteve tão boa, foi algo em que eu trabalhei muito ao longo do ano e que sinto que melhorou bastante, mas ainda não está com a consistência que quero e hoje foi um desses dias”, acrescentou o portuense de 21 anos, que no torneio anterior- em Matsuyama, no Japão- só tinha parado com o troféu de campeão nas mãos».
A derrota desta quinta-feira colocou um ponto final na temporada de Henrique Rocha e acabou com o sonho de ser coroado um terceiro campeão português em oito edições do Maia Open.
Os três cabeças de série resistentes estão todos na metade superior do quadro: Jan Choinski (128.º) é o primeiro, Elmer Moller (147.º) o terceiro e único com títulos Challenger em Portugal — Braga Open em 2024 e Oeiras Open 125 em 2025 — e Daniel Mérida (170.º) o quinto.
Tiago Pereira apurado para as meias-finais
Nos pares, a possibilidade de haver festa portuguesa mantém-se em cima da mesa graças à presença de Tiago Pereira nas meias-finais.
O algarvio de 21 anos celebrou pela segunda vez ao lado de Alexander Donski, desta vez ao eliminar os polacos Karol Drzewiecki e Piotr Matuszewski (respetivamente 103.º e 130.º classificados no ranking mundial de pares e segundos cabeças de série) por 6-1, 6-7(4) e 10-8 no encontro que inaugurou a jornada.
Drzewiecki e Matuszewski já conquistaram sete títulos lado a lado, todos no circuito Challenger e dois deles em Portugal — o Oeiras Open 2 de 2024 e o Oeiras Open 4 de 2025.
Lado a lado pela primeira vez este ano, o português e o búlgaro — bons amigos e já com cinco títulos juntos em provas ITF — vão discutir a passagem à final com o austríaco David Pichler e outro espanhol, Inigo Cervantes, terceiros pré-designados.


