Maia Open: Henrique Rocha resiste no quadro de singulares
O dia desta quarta-feira no Maia Open ficou marcado por várias eliminações portuguesas, com Jaime Faria, Frederico Silva e Francisco Rocha a despedirem-se do torneio, deixando Henrique Rocha como o único representante nacional ainda em prova no quadro principal de singulares. Nos pares, Tiago Pereira foi o único jogador “da casa” a seguir em frente.
De regresso à competição quase quatro semanas após o último encontro, e já após o período de férias entre épocas, Jaime Faria (152.º ATP) foi surpreendido na estreia pelo romeno Filip Cristian Jianu (286.º), que venceu por 7-5 e 6-3. Segundo pré-designado do torneio, o número dois português reconheceu ter passado por uma das exibições menos consistentes da temporada:
«Senti-me um bocado a leste. Tive momentos bons e momentos muito maus, sobretudo fui muito inconsistente. Não consegui ter uma linha de jogo. Ele teve mérito na maneira como se ia defendendo e eu tentei ser agressivo, mas senti-me sempre fora do nível que queria».
Esta derrota encerra a época de 2025 para o lisboeta de 22 anos, que em fevereiro fez história ao tornar-se no oitavo português a entrar no top 100 ATP. Na despedida, descreveu o ano como «agridoce», mas sublinhou a importância de cumprir o sonho de competir em torneios ATP e nos quadros principais de Grand Slams.
Também Francisco Rocha (767.º) terminou a temporada com uma derrota na primeira ronda, ao cair por 6-4 e 6-4 diante do espanhol Andres Santamarta Roig (674.º), jovem promessa e ex-número um mundial de sub-18.
A jornada ficou ainda marcada pela eliminação de Frederico Silva (253.º), que protagonizou mais uma dura batalha de três sets. O caldense recuperou após um primeiro parcial dominado pelo britânico Jan Choinski (128.º), mas acabou derrotado por 6-2, 4-6 e 7-5.
«Foi mesmo nos detalhes. Ele entrou muito bem e no primeiro set não me deu hipótese nenhuma de procurar o meu jogo e tentar pegar nos pontos. Acho que tive bastante mérito em ter equilibrado o encontro depois do primeiro set, mas infelizmente acabou por escapar-me nos detalhes. Tive um 0-30 no serviço dele ao 4-4, outra oportunidade ao 5-5 e foi um daqueles encontros em que saí com a sensação de que podia ter caído para qualquer lado no final» analisou o português, de 30 anos.
Com estes resultados, a esperança portuguesa em singulares recai agora sobre Henrique Rocha (155.º), também ele formado na Escola de Ténis da Maia, que venceu na estreia e volta à ação esta quinta-feira, às 13h, frente ao lucky loser russo Alexey Vatutin (413.º).
No quadro de pares, Tiago Pereira foi o único português a avançar. Ao lado do búlgaro Alexander Donski, superou David Poljak e David Vega Hernandez por 6-3 e 6-2. Amigos de longa data e já com quatro títulos ITF conquistados juntos, Pereira e Donski defrontam agora os polacos Karol Drzewiecki e Piotr Matuszewski, segundos cabeças de série.
Antes disso, João Teixeira e Guilherme Valdoleiros caíram por 6-4 e 6-2 perante os espanhóis Mario Mansilla Diez e Bruno Pujol Navarro, enquanto Tiago Cação e Tiago Torres foram eliminados pelos polacos Drzewiecki e Matuszewski, por 6-4 e 6-3.
O Maia Open prossegue esta quinta-feira com os últimos portugueses ainda em prova a tentarem prolongar o sonho caseiro.


