Maia assinalou Dia do Cuidador Informal: «O melhor que podemos fazer é cuidar de quem cuida»
A Câmara Municipal da Maia assinalou, esta quarta-feira, dia 5 de novembro, o Dia do Cuidador Informal com um encontro dedicado a quem cuida, diariamente, de familiares ou pessoas próximas em situação de dependência.
A iniciativa, organizada pela autarquia em parceria com a Unidade Local de Saúde de São João e com o Serviço Local da Segurança Social, decorreu na Escola Príncipe da Beira, na Cidade da Maia, e reuniu dezenas de cuidadores informais para uma sessão de abertura, uma atividade de dança e um lanche-convívio.
A iniciativa teve como objetivo «criar um espaço de pausa, apoio mútuo e valorização». Entre os participantes, Albina, cuidadora informal há vários anos, que partilhou o impacto emocional de uma vida totalmente dedicada à mãe «a minha vida mudou há nove anos. Deixei de saber o que é conviver, sair, passear com o meu neto ou tomar um café com o meu marido» disse à autarquia.
Segundo a Câmara Municipal, nas quatro horas em que a equipa do Maia Cuida + está em sua casa, Albina aproveita para se encontrar com quatro amigas, que também já foram cuidadoras «vamos lanchar, conversamos, rimo-nos, desabafamos. Sinto-me compreendida. Quando vou para casa, vou mais leve» e terminou «hoje, estou muito contente por estar aqui e arrependo-me de não ter vindo no ano passado». O testemunho terá emocionado as pessoas presentes na sala.
Na sessão de abertura, a vice-presidente da Câmara Municipal da Maia, Emília Santos, destacou o valor humano e social deste papel tantas vezes invisível «quando hoje dizemos que não há cuidador informal sem entrega, estamos a dizer que o cuidar é um ato maior de amor e de humanização. Essa entrega é também uma economia invisível, um trabalho silencioso, que sustenta famílias inteiras. E estamos aqui para reconhecer e valorizar isso».
Emília Santos reforçou ainda que o apoio do município visa garantir que quem cuida não é deixado para trás «para cuidarmos bem de alguém, temos de estar bem nós próprios. É por isso que este projeto existe: para vos apoiar, para vos dar espaço, tempo e descanso, nem que seja uma pausa de algumas horas por semana. O melhor que podemos fazer é cuidar de quem cuida. Não é apenas o betão que constrói uma cidade. São as pessoas».


