SUPERTABi: «uma transformação do que significa ser professor, ser aluno e ser escola»

SUPERTABi: «uma transformação do que significa ser professor, ser aluno e ser escola»

Foi no passado dia 10 de fevereiro que a equipa do Jornal da Maia foi até à Escola Básica do Castêlo da Maia para conhecer o SUPERTABi. O projeto, surgido há cerca de seis anos, está patente em 26 escolas maiatas, de 7 Agrupamentos, e conta com 42 salas e professores, no presente ano letivo.

O dia começou cedo na Escola Básica do Castêlo da Maia. Ao portão, era visível o sorriso das crianças, que se iam despedindo dos pais e encarregados de educação, em sinal de estarem já prontas para mais um dia de aulas.

Na sala SUPERTABi, os alunos do terceiro ano estavam empenhados em fazer uma pesquisa sobre cada continente do planeta Terra. Perante vários olhares curiosos com a presença da equipa de reportagem do Jornal da Maia, foi o pequeno Caio Roncaglio que explicou qual a tarefa proposta. «Cada mesa tem um continente e cada grupo vai ter de fazer uma pesquisa sobre esse continente, vamos ter de falar da cultura, dos animais», tudo com recurso a tablets e a um quadro interativo.

Sendo um projeto de investigação da Universidade do Minho, o SUPERTABi «é mais do que uma materialização de algo físico, é uma transformação profunda do que significa ser professor, ser aluno e ser escola nos dias de hoje», explica Marco Bento, coordenador científico e pedagógico e cronista do jornal MaiaHoje.

Com o objetivo de «transformar as práticas pedagógicas dos professores do 1º ciclo», o ecossistema SUPERTABi é «marcado por uma sala com multi-ecrãs, com um painel interativo digital e um quadro branco de escrita», diz Marco Bento, acrescentando que são usados «tablets 1:1, rede Wi-Fi em todo o espaço educativo, incluindo o espaço exterior, software da Escola Virtual e Google Worspace, assim como outro software adequado por cada professor».

A professora Margarida Meireles, que faz parte do leque de professores do concelho que aderiu ao projeto, expõe as vantagens de um ensino com tecnologia. «Em primeiro lugar, o aluno deixa de ser passivo e passa a ser ativo e, em segundo lugar, começa a construir o seu próprio conhecimento. Por exemplo, em vez de ser eu a explicar os continentes que existem na Terra, eles vão descobrir. Estão a trabalhar em grupo e escolheram alguns aspetos importantes que estão relacionados com os seus gostos e com a matéria, neste caso, animais, oceanos. Desta forma estão mais dinâmicos, mais ativos, mais interessados e não esquecem o que descobriram», diz.

Aliado a este método de ensinar, também a renovação do espaço escolar foi definida «com mobiliário adequado ao trabalho em grupo, nomeadamente, mesas redondas, cadeiras flexíveis e armários de carregamento de tablets», refere o coordenador.

No quadro de ação para a transição digital, o SUPERTABi distingue-se ainda através do processo formativo de professores. «Este processo conta também com uma forte componente na formação de professores, uma vez que realizamos formação e monitorização constante aos 42 professores do Projeto, em 5 ou mais turmas de cada um dos 7 Agrupamentos de Escolas do Concelho da Maia», refere Marco Bento.

De referir ainda que este é um projeto que «nasceu da vontade de cada um dos Agrupamentos de Escolas do Concelho da Maia em parceria com várias entidades constituintes da comunidade educativa maiata, nomeadamente, a Câmara Municipal da Maia, o Centro de Formação de Agrupamentos de Escolas Maiatrofa, a FAPEMAIA (Federação de Associações de Pais e Encarregados de Educação) e a Universidade do Minho», termina.

Professores e Escolas inseridos no projeto em 2021/2022

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