Stand automóvel “fachada” lucra 1,5 milhões de euros. Mandados de apreensão na Maia.

Stand automóvel “fachada” lucra 1,5 milhões de euros. Mandados de apreensão na Maia.

RADAR DE IMPRENSA
In “JN”, 4 de novembro 2021
Notícia original aqui

A PSP do Porto deteve dois homens, com 43 e 44 anos, por burla qualificada, burla tributária e falsificação de documentos e apreendeu 11 automóveis. Os prejuízos provocados pelas burlas a diversos bancos e ao Estado ascendem a cerca de 1,5 milhões de euros.

A operação policial foi coordenada pela Divisão de Investigação Criminal, em colaboração com o dispositivo do Comando Distrital de Braga e com o apoio da Divisão Policial de Vila do Conde, da Divisão de Trânsito e da Autoridade Tributária e Aduaneira e contemplou a realização de seis buscas domiciliárias e não domiciliárias e no cumprimento de diversos mandados de apreensão de automóveis nas áreas do Porto, Braga, Guimarães, Maia, Matosinhos, Famalicão, Trofa e Santo Tirso.

Os detidos, um empresário (com formação na área da gestão e da consultoria) e um vendedor (economista de formação), de 44 e 43 anos, respetivamente, criaram um stand, que servia de fachada, e importavam carros da gama média-alta, em especial da Alemanha.

As viaturas já tinham sido previamente encomendadas por pessoas que não dispunham de rendimentos para as adquirir e nalguns casos até estavam em situação de desemprego.

O stand falsificava recibos de vencimentos, declarações de IRS e, nalguns casos, até a carreira contributiva, por forma a obter financiamento bancário para a aquisição dos automóveis.

Os carros eram entregues aos “clientes”, que ficavam com eles a custo zero, pois não tinham condições para pagar o financiamento.

O stand ganhava com o dinheiro dos empréstimos e dos bónus que os bancos dão a quem intermedeia este tipo de créditos.

Foram ainda​​​​​ identificados e constituídos arguidos sete homens e seis mulheres, tendo sido apreendidos 11 automóveis, diversa documentação, material informático, uma espingarda e diversas munições e duas botijas de gás pimenta.

Segundo a PSP do Porto, das “práticas ilícitas referenciadas resultaram prejuízos superiores a 1,5 milhões de euros”.

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