Preço de energia obriga Siderurgia da Maia a parar

Preço de energia obriga Siderurgia da Maia a parar

O agravamento da crise energética «provocada pela guerra» e o consequente aumento «radical» dos preços de eletricidade e de gás natural levaram a Megasa a suspender atividade nas fábricas do Seixal e da Maia.

Em comunicado, a empresa que controla a Siderurgia Nacional refere que “a paragem afeta a totalidade da atividade produtiva na Maia e a produção de aço no Seixal”, sendo que, para utilizar o “stock ainda existente”, a fábrica do Seixal “mantém a atividade de laminagem”.

“A paragem aconteceu no passado dia 5 de março, com o contexto internacional a tornar economicamente inviável a produção das duas unidades. Cenário idêntico vive grande parte da indústria eletrointensiva em Espanha”, acrescenta a Megasa.

Pode ler-se ainda que “Perante a preocupação manifestada pelo Governo português e pela Comissão Europeia”, a Megasa propôs ao Primeiro-ministro “a adoção de medidas extraordinárias na contratação de energia, nomeadamente através da colocação de energia adquirida pelo Comercializador de Último Recurso (CUR) a produtores em regime especial (PRE) aos consumidores eletrointensivos”.

Representando 700 empregos diretos, 3.500 indiretos e uma exportação equivalente a 1.000 milhões de euros anuais, a Megasa considera ser “possível manter a sua atividade” com o “apoio das instituições nacionais e europeias e recorrendo a mecanismos como o proposto”.

Ao MaiaHoje a Megasa adita ainda que a empresa “decidiu antecipar a paragem anual que costuma fazer durante o verão, pelo que, neste momento, os colaboradores estão a gozar período de férias, não se encontrando em lay-off”.

A empresa tem vindo a manter informados aos representantes dos trabalhadores, autarquias e entidades governamentais da gravidade da situação e ações tomadas.

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