Joaquim Jorge, fundador do Clube dos Pensadores, apresenta novo livro, que intitulou “Crítica Social”

Joaquim Jorge, fundador do Clube dos Pensadores, apresenta novo livro, que intitulou “Crítica Social”

O dia 7 de Outubro, foi o escolhido para a apresentação da publicação da Editorial Atlântico, que estará a cargo de Rosália Amorim diretora do DN; Humberto Simões, antigo diretor da Nova Gente e Mónica Gonçalves diretora do Hotel Hilton Porto- Gaia e irá decorrerá pelas 21h30, no Hotel Holiday Inn Porto- Gaia.

Para o biólogo, habituado à crítica política «este livro nasceu de um acaso, em que eu estava cansado de escrever sobre política e comecei a redigir textos sobre algo que observava», disse.

Alguns temas sobre os quais escreve são «para me divertir e sair da minha linha habitual», diz, acrescentando que «gozar comigo próprio faz parte da minha vida depois dos 60 anos: rir-me de mim; estar a ficar velho; lembrar-me de coisas que já fiz e agora tenho algumas limitações, como jogar futebol; ter dores; falta de cabelo; já não sair à noite; deitar-me cedo; não ter paciência para aturar pessoas», continuando «este livro deixa a política em paz e vira-se para a observação sobre a maneira de ser dos portugueses e de mim próprio.  Uma escrita “light”, sem pretensiosismo, em que muitos se podem rever, outros não concordar e, outros não acharem piada nenhuma. Mas quando escrevo, nunca penso em agradar a quem quer que seja, limito-me a dar a minha opinião de forma educada. Não aprecio hipocrisia, mas gosto de frontalidade que é confundida com má educação», diz.

O autor na sua nova obra opina também na política e cidadania, a sua “praia” «se os portugueses fossem mais sinceros uns com os outros, o nosso país ia longe. A liberdade de expressão é algo nobre, a censura das mais variadas formas é grave numa sociedade livre, mas a auto-censura é a pior coisa que pode existir numa sociedade, porque é algo que as pessoas trazem dentro delas. Já não tenho paciência para determinadas coisas e na minha idade posso dizer quase tudo. Se ao lerem o livro ficar algo já é bom — uma ideia, uma crítica, um elogio. Não pretendo ser ofensivo, mas crítico e polémico, está na minha essência. Gosto de contestar e pôr as pessoas a pensar, tenho a mania que não sou como os outros. E, ser diferente, dá muito trabalho e chatices. Não sou escritor nem consigo escrever um livro com mais de 200 páginas, mas em crónica dou um jeito passe a jactância. As pessoas, cada vez mais, não gostam de ler, se um texto for muito grande não perdem tempo, porém se o texto for pequeno, sintético e objectivo as pessoas são capazes de olharem e ler», diz.

Este livro «deu-me muito gozo elaborá-lo e escrevê-lo», diz o autor que ao jeito de crítica social diz gostar de pessoas discretas «não gosto de pessoas que fazem questão de exibir-se sempre que podem. Agora mais evidente no FB -curso dos filhos, piscina do IKEA, férias pagas com cartão, carro em leasing, aluguer de casas-. Os discretos não ficam sujeitos à inveja e são mais realistas, isto está difícil para todos e sobretudo para aqueles que têm de trabalhar muito para ganhar pouco dinheiro. Sinceramente, não sei como alguns portugueses vivem com tanto estardalhaço e ricos pirosos?! Ser comedido, ter classe, saber estar não é para este país. Nota: um dia, vou ser como eles mostro a minha casa na cidade, casa de férias, carros que tenho, férias para onde vou, relógios novos, restaurantes que frequento, etc.», um “cheirinho” do que se pode ler em “Crítica Social”.

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