Ciclo de Fado inicia hoje no Fórum da Maia

Ciclo de Fado inicia hoje no Fórum da Maia

De 22 a 24 de novembro o Ciclo de Fado está de volta ao Fórum da Maia.

JOÃO CHORA – “AROMAS DE FADO”
22 de novembro | 21h30
Grande Auditório do Fórum da Maia

João Chora, que comemora 30 Anos de Carreira, apresenta no Fórum da Maia no próximo dia 22 de Novembro de 2018 pelas 21.30 o seu mais recente trabalho discográfico “Aromas de Fado”, com produção de Custódio Castelo.
Nascido na Chamusca, no coração do Ribatejo, transporta consigo todas as tradições fadistas duma região, como se a sua voz tivesse sido abençoada pelo Tejo e salpicada pelas cores verdejantes da Lezíria. O Fórum da Maia vai assim ser perfumado de Aromas de Fado, numa partilha com o público que já se habituou ao talento de quem faz do Fado poemas cantados com todas as emoções, por um Homem do Ribatejo que fala o falar do Fado, numa Portugalidade irrepreensível.
Neste espetáculo João Chora traz como convidados Custódio Castelo, Marla Amastor e Fernando Maia.

BILHETEIRA
Bilhetes ao preço único de 10,00€.
Locais de Venda: Fórum da Maia (segunda a sexta-feira 09h00 – 12h30 / 14h00 – 17h30, e uma hora antes do espetáculo).
Biblioteca Municipal da Maia (segunda-feira: 18h00 – 22h30, terça-feira a sábado: 09h30 – 22h30).
Maia Welcome Center (todos os dias entre 09h00 e as 19h00)
BILHETEIRA ON-LINE https://forummaia.bol.pt/

 

“SONS DE COIMBRA”
23 de novembro | 21h30
Grande Auditório do Fórum da Maia

1ª parte: Serenata de Coimbra
2ª parte: Fado com dança; Fado com coral.
Na segunda parte colaborarão com o “Sons de Coimbra” a Escola de Dança Maia Club e o Grupo Coral da Justiça.
Um encontro de Academias e de Gerações
Três cultores do Canto e da Guitarra de Coimbra avançam em 2016 para a presente realização discográfica. Diferentes Gerações (duas essencialmente) e Academias (Universidades de Coimbra, do Porto e do Minho). Vejamos então quem são e o que nos oferecem.

PROTAGONISTAS
Paulo Sampaio
Paulo António Hernandez Sampaio nasceu no Porto em 1946, mas viveu em Coimbra até os alvores da década de 60 onde estudou no então Liceu Normal D. João III. No Porto concluiu o ensino liceal (o 7º ano do 3º ciclo) no Liceu Alexandre Herculano e inicia os Preparatórios de Engenharia. De regresso a Coimbra conclui (1964-1967) na faculdade de Ciência da UC a fase vestibular do Curso de Engenharia Eletrotécnica, vindo a licenciar-se na Faculdade de Engenharia da UP (1967-1970).
O gosto pelo canto nasceu-lhe em meados da década de 50, quando seu Pai, António de Almeida Campos Sampaio, o levou a ouvir o seu contemporâneo Napoleão Amorim, ainda hoje ativo como cantor. Uma paixão surgia…
Na Coimbra dos anos 60 ainda sentiu os ecos de Luiz Goes e José Afonso; conheceu Adriano Correia de Oliveira, António Bernardino, Gomes Alves, Augusto Camacho, entre outros. Pertenceu ao grupo de fados do Coro Misto com os “guitarras” José Bárrio e Manuel Antunes Guimarães, o “viola” Nilton Bárrio e o cantor Custódio Montes. Em 1967 tiveram pronto para gravar um EP 45RPM; infelizmente, a gravação não se concretizou. Ainda nesse ano fizeram o Sarau da Queima das Fitas no Teatro Avenida; executaram “Raiz-dança” de Carlos Paredes e fecharam a serenata com a “Trova do Vento Que Passa”, cantada pelo próprio Paulo Sampaio; atitude corajosa e, naturalmente muito aplaudida.
Já estudante da UP formou um conjunto de fados e guitarradas que viria a colaborar com o Coral de Letras de Universidade do Porto: Hernâni Pinto, Mário Oliveira e ocasionalmente Amaro Neves (cantores), Manuel Antunes Guimarães, António Gomes da Silva, Orlando Lourenço (guitarristas), Armando Luís Carvalho Homem, Manuel Carvalho (violas).
Pouco ativo de 1971 a 1980, a residir no Porto desde 1972, colaborou com os “guitarras” António Cunha Pereira e Manuel Melo da Silva, os “violas” Carlos Teixeira e Arnaldo Brito. Já no abrir do presente século participou com os cantores Hernâni Pinto e Artur Pereira no CD “Sobre as Ondas da Memória” com fundo instrumental de Raúl Barros Leite, Armindo Madureira (guitarristas), José Alão, Agostinho Matos (nas violas).
Nos últimos anos tem colaborado com os Grupos de “Águeda” e “Raízes de Coimbra”, integrados pelos cantores Heitor Lopes, Mário Rovira e Castro Madeira, pelos guitarristas Octávio Sérgio, José Santos Paulo, José Rocha e pelos “violas” Carlos Teixeira, Jorge Rino, Humberto Matias, Rui Pato.
Integra, atualmente, o grupo de fados e guitarras “Memórias de Coimbra”, juntamente com os guitarristas Domingos Mateus, Tomé Pereira, Fernando Silva e, esporadicamente, Miguel Assis, os violistas Paulo Alão e Mário Neiva e a “voz “ de Custódio Montes. Tem participado como cantor convidado em espetáculos do conjunto de fados “Viana Canta Coimbra”, tendo gravado “ao vivo” serenatas em Darque e em Viana do Castelo. Recentemente foi dirigido pelo maestro Filipe Cunha interpretando a “Canção da Emigração”, acompanhado pelo Coro de Câmara de Barcelos e pela Banda Musical de Oliveira.

Domingos Mateus
Natural de Lisboa, cidade onde nasceu em 1961. Domingos do Carmo Felizardo Mateus desde muito cedo mostrou atracão por cordofones. Começou a tocar viola para acompanhar a música ligeira então em voga; porém certo dia teve a felicidade de ver e ouvir tocar Carlos Paredes.
Os sons que este inolvidável artista tirava da sua guitarra de Coimbra levá-lo-iam à sedução máxima e à sua grande paixão pela canção coimbrã; a generosidade do Padre Mário, sacerdote responsável pela paróquia da Trafaria, onde então residia, veio proporcionar-lhe a sua primeira guitarra de fado.
Os grandes desenvolvimentos na sua educação musical como intérprete de Coimbra, iniciam-se quando estudante da Universidade do Minho (onde se licenciou em Matemática); em Braga formou um primeiro grupo com o “viola” Veloso Gomes.
Mais tarde integrou no Grupo de Fados e Guitarras de Coimbra com o malogrado cantor António (Tó) Nogueira, o guitarrista João Moura e o “viola” José Santos. Com este grupo atuou em inúmeros espetáculos em Portugal, Alemanha e Brasil.
Na atualidade integra o grupo “Memórias de Coimbra” com os guitarristas Tomé Pereira, Fernando Silva e, esporadicamente, Miguel Assis. Os violistas Paulo Alão, Mário Neiva e os cantores Custódio Montes e Paulo Sampaio.

José António Teixeira
Zé António, José António Antunes Teixeira nasceu, já passaram bastantes anos, na freguesia de Sá (Ponte de Lima). Na adolescência encontra, num armário, uma viola lindíssima e característica de fim de século (Séc. XIX), que pertencera a seu avô. O alfaiate da freguesia e músico na banda de Ponte de Lima (o Zé Vaz), ensina-lhe os primeiros acordes e o gosto pelo instrumento. Para uma lágrima furtiva convirá recordar que essa viola ardeu (perda irreparável e desnecessária), durante um ataque na guerra colonial (Guiné).
Na juventude, fez parte do conjunto (agora diz-se banda) “Os Peraltas”, que foi o primeiro grupo de guitarras elétricas de Viana do Castelo, onde residia e estudava. Simultaneamente começou a acompanhar fados de Coimbra, sobretudo em festas académicas e num projeto semanal para turistas numa quinta de Ingleses e para Ingleses na Barca do Lago (Esposende). Regressado da tropa, frequenta a Faculdade de Letras da Universidade do Porto como trabalhador-estudante (já então bancário); não termina a licenciatura.
Há cerca de 15 anos ajudou a formar e integra ainda o grupo de fados “Viana Canta Coimbra”. Porém, para poder acompanhar temas de Carlos Paredes (agora uma paixão), tem necessidade de estudar música e guitarra clássica; frequenta então a “Escola Amadeus” em Viana do Castelo, mas fazendo exames na “The Associated Board of the Schools of Music”, de Londres, acreditada em todo o mundo.
Esta aprendizagem, o tocar inicial com o guitarrista Carlos Bexiga e o posterior encontro, o convívio e o ter que acompanhar o guitarrista Domingos Mateus, obriga-o a trabalho acrescido. Abre-lhe, no entanto, novos horizontes e uma, ainda maior, admiração pelo grande intérprete da viola dedilhada que foi Fernando Alvim, sua grande referência.
Nas suas palavras estudar e acompanhar à viola temas de Coimbra (fados, baladas e variações), é uma limpeza de alma e um não ver o tempo passar.

O repertório
Paulo Sampaio é um segundo-tenor com alguma extensão para os graves. Terá tido um início musical por áreas tradicionais (um dos primeiros temas que o ouvi interpretar foi “A Água da Fonte É Louca” por volta de 1962, no gabinete de Engenharia de Napoleão Amorim).
Só nas décadas de 60 e 70, em Coimbra e no Porto, frequentou o Canto de Intervenção e o Novo Canto. Isso é bem visível no presente CD, com revisitações a temas criados ou consagrados por Luiz Goes (“Balada da Torre d´Anto”, “Canção da Infância”, “Canção de Todos os Dias”, “É Preciso Acreditar” e “Canção Pagã”) ou, mais pontualmente por António Bernardino (“Fado de Despedida do 5ª Ano Médico”, um tema de 1926) ou Armando Marta (“Canção do Meu Menino”). Outras escolhas podem levar a temas tradicionais relativamente conhecidos (“Ondas do Mar”, “Mágoa de Amor”, “A Água da Fonte É Louca”, “Quando os Sinos Dobram”) ou então a motivos menos conhcidos (mormente “Os Olhos da Minha Amada”, criação, nos anos 60, do hoje Maestro José Luís Borges Coelho).
Quanto às “introduções”, arranjos e acompanhamentos de Domingos Mateus e José António Teixeira as soluções podem diferir:
a) Pode seguir-se o rumo de algumas interpretações consagradas, como em “Ondas do Mar”, “Fui Moço Fui Rapaz” (única cedência neste CD a um tradicionalismo decadentista) os temas goesianos referidos anteriormente ou a criação de Armando Marta já mencionada, que aqui surge com arranjo de Octávio Sérgio.
b) Ou pode optar-se por um caminho inédito para o tema concreto: “Mágoa de Amor”, “Fado de Despedida do 5º Ano Médico” (dois arranjos especialmente conseguidos), “A Água da Fonte É Louca “ e ainda “Se Ouvires Dobrar os Sinos”.
O que nos leva, por último, à dimensão instrumental do presente trabalho. Domingos Mateus revela-se um guitarrista sólido e com uma execução pujante, para além de proficientemente acompanhado por José António Teixeira; logo um duo competente quantum satis para uma abordagem de peças de Gonçalo e Carlos Paredes e João Bagão.
Sobram dois temas originais de Domingos Mateus: “Lamento de Laura” e “Balada do Paço Velho” (suscitando o desejo de ouvir mais trabalhos originais) ambos num registo de “Nova Coimbra”, mostrando cuidada atenção aos caminhos de Carlos Paredes, mas também de Octávio Sérgio, Pedro Caldeira Cabral, Álvaro Aroso ou Paulo J. Soares, por exemplo.

Para uma breve conclusão
“Sons de Coimbra” é um trabalho abarcante na seleção de temas, maioritariamente caracterizado pelos caminhos do Canto e da Guitarra de Coimbra do último meio século. Paulo Sampaio tem aqui o seu encontro com a discografia, que falhou em 1967. Parabéns! E a Domingos Mateus e a José António Teixeira é de dizer: dêem-nos mais criações ou interpretações!

BILHETEIRA
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Locais de Venda: Fórum da Maia (segunda a sexta-feira 09h00 – 12h30 / 14h00 – 17h30, e uma hora antes do espetáculo).
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CARLOS LEITÃO – “SALA DE ESTAR”
24 de novembro | 21h30
Grande Auditório do Fórum da Maia

“Ao “Ciclo do Fado”, Carlos Leitão leva parte do reportório do seu disco “Sala de Estar” e alguns dos temas mais emblemáticos de um reportório que faz parte da sua vida enquanto homem, músico e jornalista.
Carlos Leitão envolve permanentemente o seu publico numa viagem entre Lisboa e o Alentejo que termina e começa sempre na sua “Sala de Estar”.
Compositor, letrista e intérprete, Carlos cria uma simbiose tranquila e cativante entre as suas inequívocas raízes tradicionais do Fado e as suas criações. Nesse âmbito, o público sente-se naturalmente impelido a partilhar, mais do que o palco e o espaço, as emoções sugeridas por Carlos Leitão.
Assim, o Norte, o Alentejo e Lisboa estão juntos a uma mesa onde se sentam as pessoas do público, os músicos, as histórias e as lembranças e, sobretudo, o amor e tudo aquilo que não se explica. Todos, sem protagonismos maiores, fazem o espetáculo de Carlos Leitão.
Sejam bem vindos! Fiquem à vontade!”
Viola de Fado | Luís Pontes
Guitarra Portuguesa | Henrique Leitão
Viola Baixo | Rodrigo Serrão

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