«A Maia precisa urgentemente de um novo Norte»

«A Maia precisa urgentemente de um novo Norte»

O MPT – Partido da Terra, é uma das forças políticas que concorre à CM da Maia e à Assembleia Municipal. Sendo a primeira vez que concorrem a esta eleição, apostam numa presença que permita o fortalecimento da participação dos cidadãos na vida ativa local e regional. António Manuel Braz, 54 anos, arquitecto, é o candidato com quem conversamos.

MaiaHoje – Como é que nasce esta candidatura através do MPT?
António Braz (AB) – A candidatura é constituída por um grupo de pessoas independentes que se apresenta com um programa inovador e próprio para a Maia. O MPT – Partido da Terra, ao tomar conhecimento da existência deste grupo e do seu programa, decidiu apoiar, incondicionalmente, o projeto. As ideias do grupo e do MPT – Partido da Terra conjugavam-se com as nossas na defesa dos valores do Humanismo, da Ecologia e do Ambiente.

MH – A candidatura é apenas à CM Maia ou concorrem à Assembleia e às Juntas?
AB – A candidatura é à Câmara Municipal da Maia à Assembleia Municipal da Maia e às Assembleias de Freguesia da Vila do Castêlo da Maia e de Milheirós.

MH – Porque é que sentiu o apelo de se candidatar à CM Maia?
AB – O apelo resulta da permanente preocupação que tenho vindo a sentir já há bastante tempo a esta parte. Senti que era meu dever agir e colaborei na constituição de um grupo de cidadãos livres e idóneos que pensassem nas melhores soluções para mudarmos o estado de coisas no concelho da Maia. Nesse sentido, defendo que tais soluções passarão por apoiar novas formas de representatividade dos cidadãos na governação do órgão municipal, contrariar a imagem degradada associada ao sistema político, promover a transparência na atividade cívica e contribuir para o fortalecimento da participação dos cidadãos na vida ativa local e regional.

MH – Pode ser mais específico? Por exemplo em matéria de urbanismo que é aliás a sua área de formação académica, o que é que está mal, ou melhor, o que é que poderia ser melhorado?
AB – Sim, a minha área de formação é Arquitetura, Urbanismo e Património Arquitetónico. Tenho ainda bem presente nas minhas memórias o antigo centro cívico da Maia, com toda a sua ruralidade envolvente que se expandia até ao perímetro do território do concelho. A Maia hoje está irreconhecível. A Maia hoje é uma cidade disforme, projetada sem alma, imposta à malha rural.
Muita coisa pode ser melhorada em benefício das pessoas:
Propomos acabar com as assimetrias evidentes entre a cidade da Maia e as restantes freguesias do concelho.
Propomo-nos ter presente a economia energética ao recuperar e/ou requalificar espaços públicos, edifícios e equipamentos já existentes no concelho como por exemplo, criar um gabinete de ajuda ao cidadão, isto é, um centro de diagnóstico, avaliação e resolução de problemas habitacionais e infraestruturais.
Propomos criar novas centralidades urbanas com a conceção de novas praças públicas, asseadas e arborizadas, em diferentes partes do concelho.
Propomos requalificar os espaços públicos, nomeadamente os que carecem de condições energéticas sustentáveis.
Propomos reabilitar as escolas do pré-primário e do primeiro ciclo.
Propomos reabilitar os bairros sociais e requalificar os seus espaços envolventes.
Propomos reabilitar os edifícios obsoletos ou abandonados dando-lhes novas funcionalidades.
Propomos reestruturar as vias de circulação nos centros urbanos por forma a aumentar a segurança das vias para uso das pessoas não automobilizadas.
Propomos ampliar a ecovia e a rede de percursos pedonais existente e dotá-las de equipamentos de emergência, de apoio e respetivo mobiliário urbano.
Propomos finalmente fazer, com rigor técnico e científico, o levantamento integral do património arquitetónico religioso, civil e rural do concelho e integra-lo em roteiro turístico apelativo.

MH – No caso de ser eleito como presidente da CM Maia, qual seria a sua primeira medida?
AB – Se for eleito presidente da Câmara Municipal da Maia, a minha primeira medida será criar o “Banco Cívico – Agência Municipal de Voluntariado”, constituído por equipas interrelacionais com o objetivo de resolver problemas da comunidade. Nele iremos incluir projetos de “envelhecimento ativo”, já implementados noutras regiões do país, consolidar a rede de equipamentos sociais e reforçar os serviços de apoio a crianças, idosos e portadores de deficiência, responder às situações de carência social comprovada e aplicar melhor os apoios já concedidos e propor novos apoios que respondam a novas necessidades que venham a ser diagnosticadas.

MH – Coloca a possibilidade de, no caso de ser eleito um Vosso vereador que faça a diferença, ou seja, que o presidente da Câmara não tenha maioria, coloca a possibilidade de uma coligação pós-eleitoral? Se sim, com que partidos? Na realidade o que quero saber é se há hipótese de coligação pós-eleitoral com o PS ou PSD, ou se rejeita à partida alguma destas listas?
AB – Temos consciência que a eleição de vereadores do MPT – Partido da Terra para o executivo da Câmara Municipal da Maia vai fazer a diferença na medida em que representamos uma atitude nova que será sufragada pelos maiatos. Iremos dialogar com todos aqueles que nos considerem parte interessada na solução dos problemas da Maia. Assim, não teremos qualquer objeção em refletir e estabelecer pontes com todas as forças políticas incluindo o PS e o PSD.

MH – Em termos realistas, o que seria um bom resultado?
AB – Um bom resultado seria o nosso programa ser significativamente sufragado no concelho da Maia. Nessa perspetiva, esperamos eleger representantes em todos os órgãos autárquicos a que concorremos.

MH – Que mensagem final gostaria de deixar aos maiatos?
AB – Que este é o momento certo e oportuno para propormos uma nova perspetiva de esperança e felicidade aos nossos filhos e netos. A Maia precisa urgentemente de um novo Norte e de pessoas diferentes à frente dos seus destinos. Pessoas com mente sã, desprendidas de compromissos políticos, livres de pensamento, libertas no dizer e no fazer.
Esta candidatura quer envolver todos os maiatos e está aberta a considerar os anseios das pessoas que há muito não encontram um caminho sólido e promissor para a resolução dos seus problemas.
Estaremos atentos e daremos sempre o nosso melhor para cumprir a missão a que nos propomos. Queremos envolver todas as pessoas neste projeto de serviço e entrega às causas públicas. Acreditamos no valor do trabalho e do empenho. Unidos, seremos muito mais fortes!
O nosso slogan é Sentir a Maia – Preparar o Futuro!

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